O plano de negócios do Consórcio Fla-Flu, liderado pelo Flamengo, prevê uma margem de lucro de 10% na operação do Maracanã ao longo da concessão de 20 anos. O documento considera apenas o dinheiro que será investido e arrecadado com a Empresa Fla-Flu na operação do estádio e não calcula a renda líquida com bilheteria, que vai direto para o Flamengo ou o clube organizador do jogo.
O plano de negócios prevê a realização de 77 jogos por ano e apenas um evento não esportivo (show) de grande porte no Maracanã, além de 12 jogos anuais e 10 eventos esportivos de menor porte no Maracanãzinho. O objetivo é atingir uma receita bruta anual de R$ 127 milhões e um lucro total de R$ 226 milhões ao longo da concessão, o que daria uma margem líquida de 9,88%.
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Entretanto, a operação do estádio só começará a ser lucrativa a partir do quarto ano, já que nos três primeiros anos da concessão, o Consórcio Fla-Flu se compromete a aportar mais de R$ 115 milhões para a realização das obras exigidas pelo edital no Maracanã e no Maracanãzinho. O consórcio diz que não pretende tomar empréstimos para financiar esses gastos.
Como o MRN revelou, 65% das despesas cabem ao Flamengo e 35% ao Fluminense, de acordo com os termos da parceria. A mesma coisa vale para as receitas.
O Plano de Negócios detalha da seguinte maneira as principais despesas do estádio:
Já a distribuição das receitas do estádio é detalhada da seguinte forma:
A proposta financeira do Flamengo propôs uma outorga anual de cerca de R$ 20,1 milhões baseada neste plano de negócios, que se soma aos investimentos obrigatórios de R$ 393 milhões ao longo do contrato. Assim, o gasto total do Consórcio Fla-Flu será de R$ 701 milhões, R$ 516 milhões dos quais cabem ao Flamengo.
Se a projeção de lucro se confirmar, a operação do Maracanã renderá ao Flamengo R$ 146 milhões em 20 anos, ou uma média anual de R$ 7,3 milhões. Isso não inclui o cálculo com a bilheteria. Em 2023 a receita líquida do Flamengo com bilheteria (descontados o custo operacional dos jogos) foi de R$ 46 milhões. A expectativa é que com a concessão esse custo operacional seja reduzido com contratos de longo prazo com fornecedores e otimização do uso do estádio.
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