Na terça-feira (23), a Câmara dos Deputados realizou a primeira sessão da CPI que investigará os escândalos envolvendo as apostas esportivas. A convocação de Rodolfo Landim para prestar depoimento estava na pauta, mas a votação acompanhou adiada para a próxima sessão. Entretanto, o Flamengo enviou um dirigente a Brasília para acompanhar a sessão.
Se trata de Aleksander Santos, chefe de relações governamentais do Flamengo. O dirigente acompanhou toda a sessão, que estabeleceu um plano de trabalho até setembro deste ano. Na Câmara dos Deputados, Aleksander apareceu com um broche do clube na lapela do paletó. A informação foi revelada pelo portal “Metrópoles”.
Leia mais: Votação de convocação de Landim por CPI das Apostas é adiada
Inicialmente, o deputado Luciano Vieira (PL-RJ) pediu a convocação Rodolfo Landim. A intenção do parlamentar é que o mandatário comente sobre o patrocínio de casas de apostas no Flamengo, atualmente feito pela Pixbet. No entanto, vale ressaltar que nenhum jogador do clube foi citado na Operação Penalidade Máxima, até então.
Quem é Aleksander Santos, dirigente do Flamengo?
Aleksander Silvino do Santos é diretor de relações governamentais do Flamengo e foi peça fundamental antes mesmo de Landim assumir a presidência do clube, em 2018. Isso porque, durante o processo eleitoral, Aleksander conseguiu verbas para confecções de bandeiras, adesivos e outros tipos de publicidade para Rodolfo Landim.
Antes de assumir o cargo no Flamengo, Santos foi secretário municipal em Itaboraí e Maricá, esse por último, onde respondeu sobre uma ação de improbidade administrativa sob acusação de fraude na contratação de serviços.
Na Gávea, Aleksander era o grande responsável por fazer o elo entre Bolsonaro e Landim. O dirigente era quem entregava ainda, camisas do Fla para figuras políticas. Além disso, foi um dos intermediários da parceria do clube com o Banco Regional de Brasília (BRB).
Polêmicas
O dirigente também é envolvido em diversas polêmicas. Em 2020, o GE divulgou que o Flamengo estaria pagando uma dívida mensal à Justiça do Trabalho, no valor de R$ 3,5 mil, por conta de um processo trabalhista movido por uma ex-funcionária de Aleksander. A quantia era equivalente a 10% do seu salário na época, de R$ 35 mil.
Na mesma época, foi divulgado que o dirigente fazia parte do grupo “Guardiões do Crivella”. O grupo no Whatsapp tinha como intuito censurar o trabalho da imprensa na fiscalização de denúncias da saúde do Rio de Janeiro durante a gestão do então prefeito Marcelo Crivella. Na época, Aleksander se defendeu dizendo que participava do grupo, mas não fazia postagens.
Em 2021, Aleksander foi alvo de busca e apreensão após um mandado da Justiça de Curitiba, que reúne processos da Lava Jato. Na época, suspeitava-se que o diretor de relações governamentais do Flamengo tivesse recebido e intermediado o pagamento de propina por meio de contratos fictícios entre uma empresa sua e a Galvão Engenharia. O caso aconteceu antes de assumir o clube.
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