O Conselho Deliberativo do Flamengo votou a emenda que estenderia o mandato de três para quatro anos sem direito a reeleição. Mas a vitória não foi favorável a Landim, e os conselheiros votaram para que o atual formato de três anos de mandato com direito a reeleição fosse mantido. Dessa forma, nada muda e a gestão de Rodolfo Landim será encerrada em dezembro de 2024.
Além disso, vale lembrar que Landim não pode se reeleger. Isso porque o presidente do Flamengo assumiu em 2019 e já foi reeleito, com o segundo mandato indo até 2024.
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Mas Rodolfo Landim garantiu, antes da derrota na votação, que não pretendia utilizar o novo formato para seguir na presidência do Flamengo. O mandatário, segundo constatou o MRN, afirmou que deixaria o clube imediatamente após o término de seu segundo mandato.
Durante a votação, foi possível perceber um racha político. Atual vice geral e jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, da chapa de Landim, votou contra a extensão do mandato para quatro anos. Vale lembrar que Dunshee tem o interesse em se candidatar para a presidência do Flamengo nas próximas eleições. Todos os discursos tanto da oposição quanto da situação seguiram o mesmo caminho na decisão por unanimidade.
Entenda o que foi votado pelo Conselho Deliberativo do Flamengo
A proposta foi apresentada em abril depois que a Comissão de Estatuto do conselho barrou na origem uma outra tentativa de emenda, que previa a possibilidade de mais uma reeleição de Landim. A comissão entendeu que a emenda faria o Flamengo ser excluído do Profut. Isso porque o programa governamental de pagamento de dívidas coloca o limite de dois mandatos como uma das precondições para permanência dos signatários.
O presidente Rodolfo Landim sempre disse que não tinha intenção de estender seu mandato, mas admitiu a hipótese caso houvesse entendimento no clube em torno da possibilidade.
A decisão do conselho se aplica não apenas à presidência do clube, mas também a outros órgãos como o próprio Conselho Deliberativo, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal, o Conselho de Grandes Beneméritos e a Assembleia Geral.
O atual presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista, é presidente do Conselho de Administração e era contrário à modificação.
CoDe vota ainda proibição de ocupantes de cargos políticos em eleições do Fla
Além da mudança na duração de mandato, o conselho também vota uma proposta de emenda proibindo ocupantes de cargos políticos eleitorais fora do clube a disputarem eleições no Flamengo. O ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello, atual deputado federal, denunciou a emenda como uma iniciativa direcionada contra ele.
A emenda só afeta candidatos à presidência e vice-presidência de conselho. Ou seja, o vice-presidente de Futebol Marcos Braz e outros dirigentes nomeados podem continuar nos seus cargos no clube mesmo que ocupem cargos políticos. Braz é vereador e já informou a intenção de concorrer à reeleição no ano que vem. A votação foi favorável a Bandeira de Mello, mas aconteceu confusão após o resultado final e Landim quer que seja feita uma recontagem.
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