Presidentes dos clubes que compõem a Libra analisam proposta de união com a Liga Forte Futebol (LFF) para a venda dos direitos do Brasileirão a partir de 2025. O objetivo é formar um único bloco em busca de um acordo financeiro maior, mas o Flamengo será penalizado pelo formato de distribuição de receita caso o acordo seja concretizado.
Os clubes se reuniram na última semana para debaterem o assunto, mas ainda não há uma definição. A proposta feita pela LFF é pela distribuição dos diretos de transmissão seguindo os seguintes critérios: 45% (igualitária), 30% (posições no Brasileiro) e 25% (audiência). Além disso, os clubes não terão garantir de manter os valores atuais. A informação é do jornalista Rodrigo Mattos, do “UOL”.
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No entanto, os 11 clubes da Libra na Série A encaminharam acordo de R$ 1,3 bilhão com a TV Globo e outra distribuição. O contrato seria de divisão 40% (igualitária), 30% (posições no Brasileiro) e 30% (audiência) e os times receberiam ao menos o valo de contrato atual, além de oferta do fundo árabe Mubadala. Assim, Flamengo e Corinthians manteriam os valores fixos de pay per view.
Membros da Libra entendem que o acordo de união com a LFF retiraria dinheiro do Flamengo. Afinal, o clube gera as maiores audiências do Campeonato Brasileiro e tem os melhores valores garantidos por contrato de televisão. Corinthians, Grêmio e Palmeiras também seriam afetados.
Vale destacar também que a proposta de R$ 1,3 bilhão da Globo já estava no papel e próxima de ser concretizada. Por outro lado, as tratativas terão que recomeçar caso os blocos se juntem e os valores são incertos. Em 2023, A LFF fez proposta para a emissora de venda de seus direitos de transmissão por R$ 1,5 bilhão e não teve resposta.
De acordo com Rodrigo Mattos, um dos grandes incentivadores da união é Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol. Assim, membros da Libra, os quatro grande de São Paulo terão posição fundamental para a decisão final do bloco.
Libra e LFF não debatem criação de liga no futebol brasileiro
As conversas entre os dois blocos se limita aos direitos de transmissão do Brasileirão e não inclui a criação de uma liga, objetivo original da criação do debate. Os clubes chegaram a se reunir ao longo do último ano, mas não houve consenso e se separaram em blocos.
Assim, a discussão sobre mudanças no futebol brasileiro foi adiada e não tem data para ser retomada. O debate iniciou com o objetivo de mudar o calendário, profissionalizar a arbitragem, implementar fai play financeiro e outras mudanças necessárias no futebol nacional. No entanto, deve terminar apenas como um acordo comercial de venda de direitos.