Após a compra do Cruzeiro pelo ex-jogador Ronaldo por R$ 400 milhões e 90% das ações da SAF (Sociedade Anônima de Futebol), diversos clubes debateram o assunto. E o Flamengo não ficou de fora. Mas para o vice-presidente de relações externas, Luiz Eduardo Baptista, o BAP, o modelo não seria o ideal para o Rubro-Negro. As declarações foram através das redes sociais.
LEIA MAIS: Em tom preconceituoso, jornalista português detona busca do Flamengo por Jorge Jesus
Clube que se reergueu de forma “tradicional” e conseguiu equilibrar as finanças, o Flamengo virou modelo de gestão. Contudo, a abertura para novos investidores diretos e as possibilidades que este negócio poderia gerar, entraram em debate.
De acordo com BAP, hoje este não seria o tipo de administração para o Rubro-Negro. Através do Twitter, o vice-presidente do Flamengo explicou os motivos:
“O Cruzeiro virou empresa. Agora tem dono. Alguns perguntando que se der certo, o Flamengo estaria em risco esportivo? Não vejo assim. Não acredito apenas em um modelo para todos. O Flamengo está bem estruturado, o que nos permite sucesso sem necessariamente termos um dono”, disse o BAP.
Mas o que é SAF e o que mudaria numa possível venda do Flamengo?
A lei da SAF não possibilita que os clubes do Brasil virem empresa, mas cria mecanismos que incentivam a prática. Atualmente, a grande maioria das equipes nacionais são associações sem fins lucrativos. Ao adotar o modelo, o clube transforma e transfere os ativos (movimentações financeiras) para empresa. Assim, um investidor pode assumir gestão e contratos.
Caso queira, uma equipe pode vender até 100%. Entretanto, é preciso que todos os trâmites sejam aprovados no estatuto do clube. O Cruzeiro aprovou a venda de 90%, o que levou o ex-jogador Ronaldo a investir R$ 400 milhões. Mas o dinheiro não entra de uma só vez.
Ao ser criada, a SAF nasce sem dívidas. A lei diz que 20% da receita do clube-empresa e 50% dos lucros e dividendos, caso tenha, devem ser destinados ao clube (associação) para pagar as dívidas. Mas os investidores precisam de uma reestruturação financeira, apontar qual será o investimento e outros pontos.
Como toda empresa, a SAF está sujeita à falência. A lei permite que se possa buscar recuperação judicial ou extrajudicial. Os clubes que já se tornaram SAF são Cruzeiro e Athetico-PR, mas Botafogo, Coritiba, América-MG e Chapecoense discutem a mudança. O Flamengo não se aprofundou ainda no assunto.
Acompanhe o jornalista Bruno Guedes no Twitter
- Presidente do Real Madrid exalta Vini Jr e critica votação da Bola de Ouro
- Libertadores 2025: confira as equipes já garantidas na competição
- Torcida do Flamengo faz linda recepção na chegada do Sub-20 ao Acre
- Saiba por que o Flamengo recusou garantia do Corinthians por Hugo Souza
- Últimas notícias do Flamengo: Libertadores 2019, crias vencendo e reforços