O Flamengo se manifestou após grupo de sócios pedir ao Conselho Deliberativo abertura de inquérito contra o presidente Rodolfo Landim por gasto com multas de técnicos. Em nota ao jornalista Venê Casagrande, a atual diretoria reclamou da medida e afirmou que a investigação certamente não será aberta.
Nos últimos anos, o Flamengo gastou valor superior a R$ 46 milhões com a demissão de técnicos, e o grupo de sócios alega infração disciplinar de Landim. No entanto, a nota do clube trata o valor com naturalidade e chama o pedido de “ataques políticos.”
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O documento conta com a assinatura dos ex-presidentes Eduardo Bandeira de Mello e Márcio Braga, que se reuniram recentemente para formação de chapa de oposição. Também assinaram Walter Monteiro e Ricarco Hinrichsen, candidatos à presidência nas últimas eleições, e Ricardo Lomba, que concorreu em 2018. No total, 23 sócios rubro-negros assinaram.
Dessa forma, a nota em defesa de Landim também cita a gestão de Bandeira de Mello. O texto diz que o ex-presidente não pagou a multa a Dorival Júnior da forma devida em 2013, gerando danos ao clube na Justiça. Assim, a oposição não deveria criticar o valor gasto pela atual gestão.
Desde que Landim assumiu o cargo de presidente, o Flamengo gastou exatamente R$ 46,6 milhões em multas de treinadores. O último a deixar o clube, Jorge Sampaoli, recebeu R$ 9,5 milhões à vista. Veja lista:
- Domènec Torrent: R$ 11,4 milhões;
- Rogério Ceni: R$ 3 milhões;
- Paulo Sousa: R$ 7,7 milhões;
- Vítor Pereira: R$ 15 milhões;
- Jorge Sampaoli: R$ 9,5 milhões
Confira a nota do Flamengo na íntegra
Esse é mais um ataque da oposição que, tentando ferir a gestão atual, ataca o próprio Flamengo.
Não cabe inquérito por conta de pagamento multa rescisória decorrente de demissão de treinador, porque, pelo Estatuto do Flamengo, a admissão e a demissão de treinadores são prerrogativas do presidente do Clube. Todos sabem, no Flamengo, que o presidente do clube tem plenos poderes estatutários em relação a contratos e distratos de prestação de serviço do Futebol.
Podemos até, um dia, mudar o estatuto, mas desde sempre foi assim e só mesmo ataques políticos patéticos e oportunistas podem justificar esse pedido de inquérito. É bom que se diga que, se fosse possível abrir inquérito, deveria ser aberto em face à gestão anterior do clube, que demitiu o treinador Dorival Júnior em 2013 (um dos 14 treinadores da gestão anterior) e não pagou a multa rescisória devida, gerando uma indenização de aproximadamente 14 milhões de reais (em valores históricos), que teve que ser paga em 2020 pela gestão atual.
Ou seja, a maior indenização de treinador paga por esta gestão foi derivada da inépcia da gestão anterior – e não se viu pedido oportunista de inquérito. Aos rubro-negros, fica a mensagem que a hora agora é de trabalho árduo para retomar o caminho das grandes vitórias as quais nos acostumamos nestes últimos quatro anos. Chega de politicagem pequena. O Flamengo é muito maior do que isto.”
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