Ganhar dois jogos seguidos de goleada já tem sido uma tônica do Flamengo de Renato, além disso tem potencializado algumas características diferentes nos últimos jogos.
O contra-ataque tem sido cada vez mais letal, mas o que leva a esse tipo de situação é a falsa impressão que o adversário pode ganhar o jogo. E os adversários do Flamengo sempre entram ligados. Todavia, nos dois últimos jogos, quando o Flamengo começa a perder o controle do jogo os adversários abrem as guardas, achando que podem decidir a partida. É nesse momento do jogo que o contra-ataque do Flamengo tem se mostrado mais producente.
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A brincadeira de que a expulsão do Isla foi uma grande modificação tática para o Flamengo golear o Grêmio faz todo sentido nesse contexto. É como lutar contra um bom boxeador bêbado. Você até respeita no início, mas depois percebe que o jogo de pernas e da guarda te dá brechas. Então, involuntariamente, você ataca sem fechar bem a guarda, achando que vai nocautear. Todavia, é aí que mora o perigo. As fragilidades na marcação defensiva do Flamengo acabaram virando um trunfo para o time contra golpear sem piedade.
É verdade que o torcedor está acostumado com um Flamengo sempre dominante, mas essa pode ter sido uma nova versão para jogos mais enroscados.