Caso a renovação seja aprovada pelos mesmos valores atuais, banco estatal estampará marca no Manto Sagrado pelo sexto ano consecutivo, injetando cerca de R$ 140 mi durante toda Gestão Bandeira
O Conselho Deliberativo do Flamengo se reunirá no próximo dia 27 para votar o patrocínio principal da camisa rubro-negra para a temporada 2018. Nos últimos anos a Caixa tem sido detentora do espaço localizada no peito e inserções do seu “X” na omoplata e calção e tudo parece levar a crer numa renovação do acordo, assim como ocorre desde o primeiro ano de Eduardo Bandeira de Mello à frente do maior clube do país.
O MRN entrou em contato com o vice-presidente de Marketing Daniel Orlean que pareceu animado com o novo contrato. Perguntado se a torcida pode esperar novidades, o dirigente foi um tanto quanto enigmático ao afirmar que existe uma melhora, no entanto esta “depende do referencial”.
– Não posso falar antes de sair. Mas é uma melhora dependendo do diferencial que você for usar – Disse Orlean, sem responder a nenhuma outra indagação feita pela reportagem.
Quanto valeu em 2017
Em patrocínios, a camisa do Flamengo recebeu em 2017 quase R$ 60 milhões: R$ 25 milhões da Caixa (peito e omoplata direita), R$ 6 mi da Yes! (abaixo do número), R$ 4 mi da Tim (dentro do número), R$ 15 mi da Carabao (mangas), R$ 7 mi da MRV (costas), R$ 2 mi da Universidade Brasil (omoplata esquerda) e R$ 500 mil da Kodilar (meias).
Carabao
Em janeiro deste ano o Conselho Deliberativo do Flamengo votou novo contrato com a empresa tailandesa de energéticos. Com dificuldades para entrar no mercado brasileiro e distribuir seus produtos, a Carabao não conseguiu honrar com o compromisso e assumir na atual temporada o espaço nobre do Manto Sagrado pagando R$ 35 mi, uma valorização de 40% na propriedade em relação aos valores pagos pela Caixa. A marca segue nas mangas do rubro-negras, pagando agora R$ 10 milhões.
Universidade Brasil
O Marketing do Mais Querido prolongou a parceria com a empresa de Educação. Em acordo firmado também na primeira quinzena de janeiro ficou estabelecida a contrapartida de R$ 3,6 mi por dois anos. É sempre interessante ressaltar o aspecto social embutido no acordo, com entrega de bolsas parciais e integrais a torcedores e funcionários do clube e seus dependentes. Diferente de 2017, a Universidade Brasil agora estampa os dois lados da omoplata.
Evolução do patrocínio principal do Flamengo ao longo dos anos:
2009: Petrobrás – R$ 14 milhões*
2009: ALE – R$ 3,5 milhões**
2010: Batavo – R$ 22 milhões
2011: Procter e Gamble – R$ 5,6 milhões***
2012: Não fechou nenhum patrocínio
2013: Caixa – R$ 25 milhões
2014: Caixa – R$ 25 milhões
2015: Caixa – R$ 16 milhões****
2016: Caixa – R$ 25 milhões
2017: Caixa – R$ 25 milhões*****
*Foi anunciado no início de 2009 a renovação do contrato por aproximadamente R$ 14 milhões. No entanto, a dificuldade para receber o valor por conta da falta das Certidões Negativas de Débito (CNDs: dívidas do clube com o Governo Federal) causavam a retenção do dinheiro. Assim, o clube encerrou a parceria que durava desde 1984 e, em abril do mesmo ano, buscou na iniciativa privada um novo investidor.
**O investimento foi de R$ 3,5 milhões e o contrato teve vigência de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2009.
***Após recusar algumas propostas que giravam em torno de R$ 16 milhões, o Flamengo aceitou em agosto o patrocínio da Procter e Gamble por um valor bastante baixo, apenas R$ 5,6 milhões, até dezembro do mesmo ano. Durante a apresentação da camisa, a presidente Patrícia Amorim disse que o mercado não reagiu como esperado e que era preciso ter humildade para reconhecer os erros. O clube esperava que a chegada de Ronaldinho Gaúcho trouxesse bons negócios e também não quis fatiar o uniforme, aguardando uma proposta valiosa para o chamado master (peito e costas). No fim, o Manto anunciou o desodorante Gillette na frente e a pilha Duraccel atrás (foto). O patrocínio foi intermediado pela Nine, empresa do jogador Ronaldo, que recebeu comissão de R$ 975 mil.
****O patrocínio foi encerrado e renovado em maio de 2015, como nos anos anteriores. No entanto, a Caixa solicitou um acerto de calendário para que não houvesse nenhum patrocínio em vigor na virada de um ano para outro. O recálculo não trouxe decréscimo real e na pratica o clube continuou recebendo os mesmos 25 milhões do contrato anterior.
*****O valor poderia chegar até 30 milhões de reais com premiações sobre títulos conquistados.
Imagem destacada no post e redes sociais: Gilvan de Souza / Flamengo
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