Não é questão técnica. Talvez seja uma incompatibilidade de nervos. Vitinho não está na mesma rotação da torcida. Não deu liga
Blog Resenha Rubro Negra | Por Ricardo Moura – Twitter: @ricardomouraCRF
Antes de qualquer coisa quero deixar claro que sou torcedor por amor. Não tenho nenhuma ligação com o Flamengo, apenas uma paixão maluca. Não ganho para falar do clube e não tenho nenhuma pretenção de receber algo um dia. Dito isso, ou o Vitinho muda a postura ou vai ser difícil ter um futuro no Mais Querido.
O camisa 11 tem talento. Dribla muito bem e bate com as duas pernas. É novo, tem e terá um belo caminho pela frente. Mas no Flamengo está no limite. Ou muda, ou o ciclo precisa ser encerrado ao final da temporada.
Veja você. Não é questão técnica. Talvez seja uma incompatibilidade de nervos. O rapaz não está na mesma rotação da torcida. Não deu liga.
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Michael pode ser usado como primeiro exemplo neste texto. O rapaz tem algumas deficiências técnicas, oriundas da falta de base. Mas é possível ver em seus olhos a vontade. Corre, se esforça, se entrega. Existe uma luta.
Talvez falte alguém para explicar isso a Vitinho. Um amigo, empresário ou até colega de clube:
— Vitinho, sabe aquela bola que lancei e foi forte demais. Eu sabia que ia pra fora. Você também sabia e por isso não foi nela. Mas na próxima, feche os olhos e vá. Vai fazer bem pra você e pra torcida.
Isso não é ser sacana. É entender o cenário. Saber onde está e fazer a leitura do momento. Quando não dá no talento, tem que ir na força.
Temos no elenco um jogador que faz essa leitura com maestria. Diego Ribas é gênio nisso. Sabe se fazer presente, entende a hora do carrinho, a hora de pedir a torcida e o momento certo de ser mais força do que técnica.
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Que fique claro que essa é uma cobrança profissional. Não tem e nunca terá nada pessoal. Vitinho precisa dar mais.
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Arquibancada – A torcida reclama e tem razão. Ela é e deve ser soberana. Silenciar a voz da multidão é um erro. Torcedores profissionais estão neste caminho, que não é bom para ninguém.
O Rubro-Negro tem direito de não estar feliz com o treinador e cornetar jogador. Parem de cobrar do povo um olhar de especialista. O Geraldino não quer entender a pirâmide invertida. Ele só quer que o time jogue bem e vença.
Isso feito, ele elogia. Isso negado, ele reclama.
Racismo – Mais um caso no mundo. Agora foi com Neymar. Amanhã será com outro ou outra. Ou a sociedade se une de vez para acabar com isso ou vamos perder de lavada no jogo do respeito e da civilidade.
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