Parabéns, torcedor do Flamengo. Neste 13 de dezembro, o Rubro-Negro comemora 41 anos do título Mundial de Clubes. Isso às vésperas de embarcar para tentar mais uma vez chegar ao bicampeonato, pois está classificado para a edição de 2022. Perdendo ou ganhando, uma verdade seguirá de pé. No Rio não tem outro igual, só o Flamengo é campeão mundial.
Para comemorar os 41 anos da glória máxima conquistada pelo Flamengo, destacamos alguns fatos curiosos de uma jornada que teve de tudo a caminho do Japão. De casamento na segunda-feira, mas também bigode proibido, os jogadores rubro-negros passaram por poucas e boas.
Leia Mais: Vítor Pereira chegou! Saiba quando Flamengo apresenta o técnico
Adílio casou em uma segunda-feira para não atrapalhar a viagem
A viagem para o Japão com parada em Los Angeles para adaptação ao fuso horário causou uma situação inusitada. O meia Adílio precisou casar em uma segunda-feira, pois não havia tempo para casar no final de semana. Isso para não atrapalhar o embarque. Com o moeda de troca, o craque do Flamengo prometeu (e cumpriu) à noiva Rosimeri uma lua de mel no Havaí depois do título.
Depois do soco em Mario Soto, Anselmo ganhou a viagem ao Japão de prêmio
Todo torcedor do Flamengo sabe da importância do meia Anselmo. O meio campista entrou na finalíssima da Libertadores apenas para socar o botinudo Mario Soto. Com isso, foi suspenso e não poderia jogar com o Liverpool. Mesmo assim, foi incluído no grupo, como um prêmio pelo sacrifício.
Peu sofreu na mão de Zico durante toda a viagem até Tóquio
Zico, malandro de Quintino, subúrbio do Rio, encarnou no atacante Peu, então um jovem alagoano sem experiência com as modernidades dos grandes centros. No voo para Los Angeles, mas também para Tóquio, as brincadeiras se sucederam.
Zico convenceu Peu de que era preciso pagar o serviço de bordo, mas também de que a luz de leitura acendia com o poder da mente. A brincadeira mais famosa foi a do bigode. Zico e seus companheiros convenceram Peu a raspar o bigode em pleno voo, pois na foto do passaporte o atleta não estava de bigode e isso dificultaria a entrada no Japão. Coitado do Peu.
Climão com Mario Soto em Los Angeles
No embarque para Tóquio, no aeroporto internacional de Los Angeles, houve um encontro tenso. Ninguém menos do que Mario Soto, zagueiro do Cobreloa, apareceu na área de check in. Coube a Adílio ir falar com o chileno e deixar claro que as mágoas ainda estavam lá: “Falei para ele que só não ia tomar uma pancada ali por respeito a mulher e aos filhos. Ele abaixou a cabeça e seguiu. Foi o destino!”
Final de 1981 poderia ter sido a possível final de 2022
Flamengo e Real Madrid têm tudo para decidir o Mundial de Clubes 2022. O que poucos sabem é que essa quase foi a final de 1981, pois os espanhois jogaram a final da Copa dos Campeões Europeus de 1981, com o Liverpool. O lateral esquerdo Alan Kennedy marcou para os ingleses e evitou o encontro rubro-negro com o clube merengue de Madrid.
Em entrevista para um jovem Galvão Bueno, Nunes previu o que aconteceria na final
Com apenas 31 anos, Galvão Bueno estava em Tóquio para receber o Flamengo. Se hoje o narrador é a grande estrela do esporte da Globo, em 1981, ele jogava nas 11. Narrava, mas também fazia reportagem de chão. Em uma dessas entrevistas, Nunes previu com exatidão o que aconteceria no jogo, pois afirmou: “Eu disse para ele que ia fazer dois gols! Foi nessa entrevista que ele cunhou o apelido Artilheiro das Decisões.”
Acupuntura na madrugada salvou a final de Júnior
Júnior quase ficou fora da grande final. O joelho sofria com uma tendinite, mas também estava bem inchado na noite antes do jogo. A salvação foi uma acupuntura no meio da madrugada. O maestro lembra até hoje que se assustou com os métodos do profissional: “Ele enfiou uma agulha enorme no meu joelho. Depois falou que ia dar para jogar, mas depois ia ter que parar depois.”
Deboche inglês motivou rubro-negros
O primeiro contato entre Flamengo e Liverpool aconteceu na chegada ao estádio. Os brasileiros chegaram batucando e quando cruzaram com os ingleses, perceberam os risinhos de deboche. Os risos se repetiram no túnel antes de subir para o campo, quando os brasileiros fizeram a corrente de oração. Júnior lembra de como isso motivou o time: “Eles ficaram dando risinhos. A gente sabia que quando a bola rolasse, eles iam parar de sorrir e foi isso que aconteceu.”
Os fatos narrados nesta reportagem estão no Podcast 81, de autoria do jornalista Eduardo Monsanto. O programa está disponível no Spotify e outros tocadores de podcast.