No dia 3 de novembro uma bomba caiu na Gávea e no Peru ao mesmo tempo: o exame antidoping de Paolo Guerrero atestou positivo e o jogador foi suspenso pela Fifa, temporariamente por 30 dias, no mesmo dia. O exame, realizado enquanto o peruano estava servindo sua seleção, atestou positivo para a substância Benzoilecgonina – presente em estimulantes físicos. O caso será julgado hoje pela FIFA, em Zurique, na Suíça.
A tese usada pelos defensores do peruano é a contaminação através de chá antigripal feito a base da folha da coca, muito comum em alguns países sul-americanos.
No domingo, (05), Guerrero falou pela primeira vez a uma emissora de TV. Alegou inocência e, à época, emitiu força ao Peru, que enfrentaria a Nova Zelândia, em busca da última vaga para a Copa do Mundo de 2018. “Estou tranquilo. Vamos fazer força para ganhar. Estou unido com com todo o grupo e meus companheiros. Eles têm todo o meu apoio. Vamos, Peru.”
Paolo não pôde participar dos jogos, restando apenas assistir a seleção de seu país se classificar à Copa do Mundo após 36 anos. Também suspenso do Flamengo, não podendo nem mesmo trabalhar com o elenco, o atacante faz treinos separados para manter o ritmo.
Em Lima, Guerrero se reuniu com a Federação Peruana, juntamente com seu advogado e um bioquímico, para análise dos laudos e resultados. Nesta reunião, foi solicitado a abertura da contraprova, que ocorreu com a presença dos representantes do atacante, em laboratório na Colônia, Alemanha, no dia 09/11. O resultado, recebido no dia seguinte a abertura, também atestou positivo para a substância adversa, contudo, o nível baixo encontrado reforça a tese da defesa de contaminação acidental.
O pedido de interrupção da suspensão enviado à FIFA, foi negado e seu julgamento marcado para hoje (30), na sede da entidade máxima, na Suíça. Laudos de antidoping antigos do atacante foram enviados e serão usados na defesa. O advogados do jogador investem todas as fichas na tese de contaminação por acidente e se mostram confiantes na absolvição de Guerrero.