O Flamengo sofreu derrota na Justiça em processo que move contra o jornalista Gian Oddi e emissora ESPN. Após sofrerem condenação em primeira instância, ambos venceram recurso e o processo deve se estender ainda mais.
O Flamengo entrou com a ação por declarações de Gian Oddi durante o programa Linha de Passe, do dia 16 de março de 2020, sobre a votação para a paralisação do Campeonato Carioca daquele ano devido à pandemia da Covid-19. Além do clube, o presidente Rodolfo Landim e o vice-presidente jurídico Rodrigo Dunshee foram autores da ação.
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Em um primeira instância, o jornalista foi condenado ler um direito de resposta do Flamengo na emissora. Já a ESPN deveria pagar uma indenização de R$ 45 mil: o Flamengo receberia R$ 15 mil, assim como os dois dirigentes.
A Justiça definiu também que as despesas legais do processo devem ser pagas pela parte que perdeu, e os honorários do advogado serão calculados com base no valor da causa. O Mais Querido ainda pode recorrer.
A fala de Gian Oddi que fez o Flamengo entrar na Justiça
Durante o Linha de Passe de 16 de março de 2020, o jornalista classificou a diretoria do Flamengo como “desumana” por tentar evitar a paralisação do Carioca. Rodolfo Landim e Rodrigo Dunshee, que estavam na reunião, se sentiram diretamente ofendidos e decidiram entrar com processo.
“Nada justifica a postura desses dirigentes de tentarem manter o campeonato, de continuar com os jogos, porque eles sabem muito bem quais seriam as consequências de continuar jogando. É uma diretoria desumana. Já se mostrou uma diretoria desumana, e tem se mostrado uma diretoria desumana, no caso dos garotos do Ninho, e volta a se mostrar uma diretoria desumana, que pensa em dinheiro, em tabela de Excel. É planilha de Excel que eles querem saber. Pensa em títulos, são competentes nisso, são competentes em ganhar dinheiro, mas, na hora que você está falando de gente, os caras são terríveis. Para mim, beira o mau-caratismo isso daí. Não é possível”, disse o jornalista da ESPN.
Por outro lado, a Justiça entendeu que as declarações do jornalista foram “dadas no calor do momento” em função de um tema sensível. Além disso, diz que Landim e Dunshee “sequer foram citados” para explicar o motivo de não ver intenção de denegrir a imagem do clube ou dirigentes.