No início de outubro, a Globo fez uma nova proposta para a Libra pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2025. A emissora acenou com uma oferta de R$ 1,1 bilhão para o principal bloco de clubes, que conta com o Flamengo e outros oito clubes da Série A.
Esta foi a primeira proposta concreta, e a Globo oferece tal valor por todos os direitos de televisão aberta, fechada e pay-per-view. Vivendo um imbróglio e uma disputa com a Liga Forte Futebol (LFF), a Libra tem 171 jogos da primeira divisão neste momento, ou seja, 45% do total.
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Mas apesar de enxergar a proposta como um sinal positivo, os integrantes da Libra ainda entendem que os valores estão aquém. O montante é avaliado internamente como abaixo, já que o objetivo principal do grupo é ter um percentual muito superior ao da LFF, para enfraquecer o bloco “adversário”.
No entanto, de acordo com o jornalista Rodrigo Capelo, especialista em finanças, a oferta da Globo sinaliza que a Libra deve vencer essa queda de braço. Isso porque por mais que a emissora ainda não tenha feito qualquer proposta para a LFF, o valor oferecido à Libra, R$ 1,1 bilhão, representa a maior parte do orçamento da Globo para comprar todo o campeonato.
Globo bate o pé e não aceita exigências da Libra
Formada por Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Red Bull Bragantino, Atlético-MG, Grêmio e Bahia, além de outros clubes de divisões inferiores, a Libra ouviu “não” para certas exigências feitas à Rede Globo durante as negociações.
Antes desta última oferta de R$ 1,1 bilhão pelos direitos de transmissão, os clubes da Libra queriam a exclusividade na negociação em detrimento da Liga Forte Futebol. Outra exigência era que a Globo utilizasse uma proporção de 75/25 no orçamento destinado aos dois blocos, ou seja, 75% iria para a Libra.
No entanto, após duas semanas a Globo respondeu formalmente às reivindicações, negando todos os pedidos, mas mantendo a proposta oficial. As partes seguem negociando.
Divisão das receitas na Libra
A Liga do Futebol Brasileiro (Libra), já tem o seu modelo de divisão de valores aprovado desde março deste ano. A nova liga prevê duas fases de divisões de verba dos direitos de transmissão, cada uma delas dependendo obviamente da arrecadação. Em uma delas, o Flamengo tem a garantia de manter os valores atuais recebidos, sem qualquer risco.
“Transição do modelo atual para o futuro sem que qualquer clube tenha queda de receita em benefício dos demais. Clubes que fazem a maior concessão na formação da Liga (Flamengo e Corinthians) são resguardados pela cláusula“, diz a Libra. Este período será de cinco anos ou até que as receitas do Brasileirão atinjam R$ 4 bilhões.
Atualmente, 29,7% do dinheiro é divido igual para todos os clubes, 22% para performance e 48,1%, conforme a audiência de cada time. Nessa fase de transição da Libra, a divisão acontece da seguinte maneira: 40% de maneira igualitária, 30% para performance e 30% audiência.
Já no “modelo ideal”, após o período de transição, as receitas seriam divididas em 45%-30%-25%. Na fórmula definitiva, a distância máxima entre o valor recebido pelos clubes é de 3,34 vezes.
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