Nesta segunda-feira (3), o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, concedeu entrevista coletiva para falar sobre o segundo semestre rubro-negro. Irritado com críticas à postura do clube na negociação pelo meia Allan, o dirigente usou termo homofóbico para ironizar o suposto assédio ao jogador.
“Assédio… Toda vez é esse enredo, não é só do Atlético, não. Acaba que vão achar que eu sou viado. Assédio, assédio, assédio…”, disse Marcos Braz.
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Como resultado, o grupo Flamengo da Gente emitiu nota pedindo a saída de Marcos Braz do Flamengo. Em longo comunicado, o grupo de torcedores rubro-negro critica a gestão do presidente Rodolfo Landim e cita as denúncias recentes contra dirigentes do clube.
Além disso, o grupo republicou postagem feita pelo Flamengo no o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. Que diz: “O respeito às diferenças é parte fundamental da identidade rubro-negra. Pelo direito de ser quem é, pela resistência dos que lutam, por toda forma de amor!”
Confira a íntegra da nota do Flamengo da Gente
Mais uma vez, a atual gestão do Flamengo bota para fora o que lhe engasga: o ódio. A fala homofóbica do Vice-Presidente de Futebol, proferida ontem (03.07.2023) em evento oficial do clube não está desconectada da cultura política da atual gestão do Flamengo.
O episódio de ontem está intrinsicamente ligado à fala racista atribuída ao VP de Esportes Olímpicos, Guilherme Kroll, que, por sua vez, se conecta à fala xenofóbica disseminada pela Diretora de Responsabilidade Social, Angela Landim fazendo coro com as gravíssimas denúncias de assédio moral a atletas do nosso remo, à contratação de atletas com envolvimento em casos de violência de gênero e à desumana gestão da tragédia do Ninho do Urubu.
Exigir afastamento de quem reproduz discursos q escancaram o desprezo pela raiz popular da nossa torcida e individualidade de quem a compõe pode parecer ser em vão diante da imensa maioria de associados q optou por aceitar o inaceitável em troca de conquistas alcançadas apesar da atual diretoria.
Nós, no entanto, seguiremos exigindo, lutando, atuando dentro e fora do clube para que não haja esquecimento ou descanso para quem insiste em transformar a Magnética em mero adereço festivo.
Se é no ódio, no autoritarismo e no higienismo que eles se escudam, é pela democracia, vocação popular e justiça social que o Flamengo da Gente avança.
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