Contratado pelo Flamengo por Eduardo Bandeira de Mello para fazer um grande reformulação na Gávea, Muricy Ramalho durou apenas cinco meses no clube. Entretanto, sua chegada em 2016 foi cercada de expectativa e projetos que o ex-técnico pretendia introduzir na Gávea.
De acordo com Muricy, que tinha acabado de realizar um estágio no Barcelona, seu pensamento era unificar a base e o time profissional do Flamengo em uma só formação tática. Ou seja, padrão inédito no Brasil. Seu contrato com o Mengão era de duas temporadas.
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”Gestão profissional. Isso não tem mais volta no futebol. Lá (Barcelona, onde fez estágio) é pura profissionalização de tudo, e dá para fazer aqui. Unificar tudo. Todas as categorias. Unificar ideais de futebol e trabalhar com os professores de futebol da fase. Explicar o que é o Flamengo. Filosofia do clube. O técnico tem que se adaptar ao clube. Encontrar o técnico para se adequar ao clube. É uma ideia que conversei com o presidente e diretoria. Por isso esse é o caminho, conversar com o pessoal da base, sem impor nada”, disse na época Muricy.
Em seguida, Muricy apontou que ficaria no Flamengo por dois anos ou até mais.
”Não sou um cara inseguro, ao contrário. Estou muito seguro. Na minha carreira escolhi muito bem os lugares que trabalhei. Acho que fiz uma escolha muito correta. Contrato de dois anos que se pode estender. Você pode ver meu contrato e termino todos. Sou um cara que conquista. Dessa forma, devo ficar os dois anos e até um pouco mais”, completou. Mas na prática, não foi assim.
Final melancólico no Flamengo
Com o seu 4-3-3, foram 26 jogos à frente do Flamengo, com 13 vitórias, seis empates e sete derrotas. No primeiro semestre, seu time acabou eliminado três vezes (Primeira Liga, Carioca e Copa do Brasil).