Acordo fechado. Jorge Jesus vem para o Flamengo para um ano de contrato e com muita expectativa. Não só dentro, mas, e principalmente, fora. Jesus é um profissional com uma temática diferente, com estilo diferente, acostumado a um futebol diferente e que terá um desafio completamente novo na sua carreira.
Não pretendo aqui dissecar o técnico. Isso já foi feito por muita gente mais gabaritada. O que mais estou pensando nesse papo todo é como será essa ligação do Flamengo com seu treinador. Todos os lados vão aprender e ter que ceder. E o sucesso desta empreitada ditará os rumos futuros do nosso futebol.
Não é pretensão dizer que o Flamengo está inaugurando um novo capítulo na história. Em 2017, quando contratou Reinaldo Rueda, muitos jornalistas, e até técnicos, torceram o nariz para um “gringo” no comando, sendo que isso passava longe de ser novidade no país. Mas era o Flamengo fazendo. Repercute bem mais, pro bem ou pro mal.
Jesus não é o primeiro nem será o último gringo no comando de uma grande equipe aqui. Mas o fato de ser europeu – e não ser um qualquer – pesa em dobro. É um caminho novo a seguir. Vencendo, poderá abrir portas e ajudar a acabar com um preconceito besta que existe no nosso país. Mesmo depois do 7×1, a grande maioria de jornalistas ainda acha que somos o país do futebol e que ensinamos tudo a todos. Quando confrontamos equipes europeias (que queiram jogar e não só passar o tempo), normalmente o resultado é vexatório. Nossa seleção apanha deles nas Copas desde 2002. Mas ainda tem gente dizendo que não precisamos mudar nada, que tá tudo bem. Na verdade, não é nada disso. É o medo de ter que trabalhar com um sistema novo. Estudos já provaram que numa situação nova, tendemos a querer continuar com o que temos, por receio do que pode acontecer. O técnico também precisa mudar alguns conceitos e aprender a viver o futebol brasileiro.
Imprensa: os jornalistas se verão diante de um novo parâmetro. Como são seus treinos? Abre, fecha? Deixa filmar? Quantos períodos? Coletivas acontecem? Qual o nível da liberdade dos jornalistas? E o técnico, como ele lida com a imprensa? Como é na Europa e como ele acha que será no Brasil.
Jogadores: muitos são rodados na Europa, mas sabem que o estilo é diferente. Gostem ou não, estão em outro país e com outros costumes. Já é sabido que o Flamengo tem lá sua panela. Eles vão comprar a ideia do técnico? Porque este grupo é, em parte, responsável pela saída do paizão Abel. Afinal, eles não obtiveram os resultados. O técnico também não pode chegar chegando e querendo mudar o mundo. Tem gente ali que não conhece esses métodos. Um choque poderá colocar tudo a perder, ainda mais se os resultados não vierem. Não adiante ser ditador autoritário. A carta branca existe até a página dois e a desconfiança dos atletas é natural. O técnico conhece o time?
Diretoria: a política do clube terá paciência? Não se enganem. Aquele discurso de “todos torcemos” morre ali na saída da Gilberto Cardoso. Tem muita gente lá dentro que trabalha contra e faz de tudo para minar o sucesso dos outros. É bizarro, mas real. Uma simples negativa pode gerar toda uma traição. E para continuar sendo fonte de jornalista, para manter amizades, para ter laços políticos mantidos vale tudo, até fazer campanha contra o Zico, como já fizeram uma vez.
Torcida: aqui é aquilo. Ganhou três, Rumo a Tóquio. Perdeu três, libertem o Barrabás. Hoje o cenário é de quase total apoio. O rubro-negro está feliz e confiante. Mesmo uma eliminação contra o Corinthians não cairá na conta do técnico. Pelo contrário. O time que ficará em xeque e terá que se provar. Só saberemos mesmo a partir de julho.
O que podemos garantir é que o primeiro encontro de Jesus com seus seguidores no Maracanã, o tempo do futebol, será assunto universal.
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