A partida do Flamengo contra o São Paulo pela Copa do Brasil, neste domingo (17), foi um desses jogos tão absurdamente tristes, tão incrivelmente lamentáveis, tão indescritivelmente desesperadores, que, independente de quem você decidir culpar pela derrota, você muito provavelmente vai ter razão.
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A culpa é de mais uma escalação absurda de Sampaoli. Que novamente montou o time sem jogadores de criação e ficou surpreso porque a equipe não criava? Com certeza é. A responsabilidade é coletivamente dos jogadores. Que pareciam ter doado cerca de 8 litros do próprio sangue para conseguir ingressos pro jogo e assim trotavam anêmicos pelo campo, errando jogadas simples e caindo sem razão aparente? Ninguém pode negar.]
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Ou você pode preferir citar nomes e falar sobre a desorientação de Wesley, o desaparecimento de Gabigol ou mesmo a total degeneração cognitiva e motora de Cebolinha? Aquele que no Grêmio era decisivo e no Flamengo parece incapaz de amarrar os próprios cadarços ou colocar um copo de água na boca. Quer dizer, até se você falar que o Urubão não estava fazendo direito o trabalho de mascote, tem grandes chances de você estar correto.
Mas ainda que exista sim hoje no Flamengo um open bar de vacilo, um all inclusive de sacanagem, é preciso sempre lembrar onde toda essa incompetência começa. Porque se você acha os jogadores mimados e indolentes, quem deveria coibir isso é a comissão técnica.
Se você considera a comissão técnica desqualificada e incapaz, quem deveria tomar medidas é o departamento de futebol. E se você entende que nosso departamento de futebol é fraco e amador, você chega até o homem que escolheu quem manda por lá: o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.
Rodolfo Landim, o homem que banca Marcos Braz, o cidadão que não traz reforços mas fica postando gracinha em rede social. O dirigente que está satisfeito com o trabalho de Jorge Sampaoli que escala o time errado pra poder dizer que melhorou com as substituições. O grande empresário que consegue aumentar tanto o preço dos ingressos que o Flamengo, clube mais popular do Brasil, não consegue vender todos para um final de campeonato.
Se um Flamengo que já foi campeão de tudo e era citado nas mesas redondas como possível potência hegemônica no continente se transformou num bando de jogadores com nota fiscal superfaturada expondo a torcida a constrangimentos enquanto Marcos Braz sorri nos camarotes como aconteceu neste domingo, ninguém é mais responsável do que Rodolfo Landim.
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Um presidente que não apenas odeia o futebol do Flamengo – afinal, quem poderia, ao mesmo tempo, torcer pelo Flamengo e gostar do trabalho de Sampaoli? – como também odeia o torcedor, dados os preços abusivos que coloca nos ingressos. E odeia até mesmo a instituição Flamengo, já que seu único interesse nela é como balcão de negócios e veículo para ampliar seu poder político.
Então ainda que sim, seja preciso que o Flamengo, o quanto antes, renove seu elenco, troque sua comissão técnica e coloque na rua boa parte do seu departamento de futebol, é muito complicado ter esperanças de que tudo isso seja feito enquanto o poder máximo do clube segue na mão desse que é, hoje, o maior inimigo da nação rubro-negra e que atende pelo nome de Luiz Rodolfo Landim Machado.
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