O presidente Rodolfo Landim, disse a conselheiros que a Lei das SAF’s é uma “ameaça” para o Flamengo, mas também uma oportunidade que poderia render mais de R$ 1 bilhão ao clube e financiar a construção de um estádio próprio.
Landim fez os comentários após palestra na Gávea, na noite desta segunda-feira (13), do senador Carlos Portinho (PL-RJ) aos conselheiros, organizada pelo presidente do Conselho de Administração, Luiz Eduardo Baptista.
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Segundo Landim, a solidez financeira do Flamengo permitiria ao clube se capitalizar com a venda de até 30% de suas ações para um investidor. Diferentemente de outras SAF’s já criadas no Brasil, o clube social manteria o controle do Flamengo, com um ou mais investidores como sócios minoritários.
Para garantir esse aporte, disse Landim, o clube precisaria “institucionalizar” a sua gestão profissional para que os investidores tivessem garantia do retorno do seu investimento.
Landim disse acreditar que a criação de uma Liga e o fortalecimento do futebol brasileiro por meio da entrada de SAF’s no mercado pode fazer o Flamengo valer até R$ 5 bilhões. Com isso, ele avalia que a criação da SAF com a venda de até 30% do clube poderia render até R$ 1,5 bilhão. Com esse valor, disse Landim, o Flamengo poderia financiar a construção de um estádio próprio sem que os sócios perdessem o controle do clube.
O presidente considera que o Flamengo precisa “fazer uma reflexão” sobre essa possibilidade já que a entrada de investidores estrangeiros no mercado permite que outros clubes passem a competir esportivamente com o Flamengo, o que ele definiu como “ameaça séria”.
Vice-Presidente Geral e do Jurídico já disse não concordar com SAF no Flamengo
Os comentários de Landim foram feitos ao fim de uma palestra em que o senador Portinho tinha revelado ter ouvido em 2021 do vice-presidente do clube, Rodrigo Dunshee, que a Lei das SAFs “não é pro Flamengo”. Ele disse, porém, ter recebido a mesma reação do presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, que agora estuda modelos para incluir o clube tricolor na lei.
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Portinho foi escolhido para relatar a lei por seu passado no direito desportivo que inclui uma passagem como vice-presidente jurídico do Flamengo na gestão Edmundo Santos Silva. Ele revelou que dois ex-dirigentes do Flamengo, o ex-presidente Hélio Ferraz e o ex-CEO Fred Luz, o ajudaram a elaborar a versão final da lei.
Ferraz foi um dos cerca de 150 conselheiros presentes à palestra de Portinho, que incluíram vários ex e atuais dirigentes, numa demonstração de como o tema SAF mobiliza o clube.
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