No meio a pedidos de reforços, a torcida do Flamengo ainda pede outra contratação para o clube. No caso, é a chegada de um profissional responsável pela saúde mental dos atletas. Após a coletiva de apresentação do Pablo, a dupla Braz e Spindel conversaram com a imprensa e o tema esteve em pauta.
O vice-presidente de futebol negou qualquer problema com funcionários ligados à psicologia e deixou claro que o clube tem profissionais nessa área, mas somente para a base. Além disso, Braz aproveitou para classificar como “falácia” os rumores que garantem um problema do dirigente com psicólogos.
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“Tem uma falácia que tenho um problema com profissional A ou B. Até por inteligência, eu não teria problema. Temos psicólogos no sub-20, no 19 e no 18. Essa pergunta é muito boa. Um jogador A ou B que está com 17, 18, 19 ou 20 anos e precisa de um psicólogo quando sobe aqui. Qual é o melhor? O que sempre o tratou na base ou um novo? Psicólogo você precisa ter simpatia, confiança. Você conta e expõe várias situações”, disse Braz.
“Existe isso aqui, só que de uma maneira covarde acham que isso não procede. Nós temos isso na divisão de base. Temos até o sub-20. Tem vários jogadores que estão treinando no profissional que se sentirem necessidade de um profissional da área, eles têm à disposição”, completou.
A psicologia no elenco profissional do Flamengo
Marcos Braz também aproveitou para explicar como funciona a psicologia no futebol profissional do clube. Embora não haja nenhum membro dessa área no quadro de funcionários no site, o vice-presidente garante que há acompanhamento psicológico. Isso porque o Rubro-Negro oferece ajuda aos jogadores, assim que houver a necessidade. Foi o caso, por exemplo, de Michael.
“Bruno falou ‘en passant’ (de maneira rápida, em português) um negócio muito importante. Quando se tem a necessidade, o Flamengo está sempre junto. Vou falar um nome de um jogador que se expôs. Vou falar do Michael. Quando ele precisou de psiquiatra e acompanhamento, o Flamengo de maneira rápida se posicionou, ajudou, contratou e fez de tudo pelo jogador”, relembrou o dirigente.
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Além disso, Braz também revelou que houve outros casos similares ao de Michael. No entanto, o Flamengo não revelou devido a uma questão de privacidade dos atletas. Mesmo assim, segundo o VP, o Departamento de Futebol prestou todo o auxílio aos jogadores.
“Existem outros jogadores que momentaneamente também precisaram. E o Flamengo ajudou e se posicionou, mas infelizmente a gente não pode e não deve expor o jogador. Às vezes está se separando da esposa, e eu ou o Bruno vamos falar? A gente apanha calado, mas protege o jogador”, contou Braz.
O diretor de futebol, Bruno Spindel, também destacou a importância do treinador na ajuda psicológica. De acordo com o dirigente, Paulo Sousa tem capacidade técnica para trabalhar a força mental dos jogadores.
“Quando necessário (o psicólogo) tem. A profissão de treinador tem uma necessidade transdisciplinar, e o Mister tem essa formação. A parte mental muito passa pelo treinador. Ele tem a preocupação com a parte mental dos atletas”, afirmou Spindel.
Reação da torcida
Entretanto, as respostas não agradaram alguns torcedores. Nas redes sociais, muitos flamenguistas criticaram a postura dos dirigentes e voltaram a destacar a importância de um profissional na parte mental dos atletas. Por outro lado, outros flamenguistas não gostaram da responsabilidade da mentalidade do elenco estar atrelada somente a Paulo Sousa.
O nome de Evandro Mota, Coach Mental da comissão de Jorge Jesus, foi novamente lembrado por alguns torcedores após as declarações dos dirigentes. Aliás, a Nação até fez campanha nas redes sociais pelo retorno do profissional. Contudo, não houve movimentação do Flamengo para essa contratação. Evandro Mota está sem clube desde que o Mister deixou o Benfica em dezembro do ano passado.