Diante dos valores absurdos de ingressos e movimento crescente pelo fim da boa atmosfera nas arquibancadas, várias Torcidas Organizadas do Flamengo se uniram em vaquinhas a fim de comprar diversos materiais que contribuam com a festa no jogo de ida da final da Copa do Brasil contra o São Paulo. Nesse sentido, o jornalista Mauro Cezar Pereira vê a iniciativa como uma busca dos torcedores para “salvar” o clima dos estádios.
Dessa forma, em vídeo publicado no seu canal do YouTube, Mauro critica os elevados valores cobrados pelas diretorias de Flamengo e São Paulo em relação à final da Copa do Brasil. Esse, no entanto, não é um movimento exclusivo das duas diretorias, mas sim de todo o planeta bola que quer maximizar os lucros em detrimento de suas raízes, cortando do estádio aqueles torcedores que sempre se fizeram presente mas que, nos dias atuais, mal tem condições de passar pela frente de um Maracanã da vida.
Tal carestia, portanto, tem acabado com a boa atmosfera dos estádios. Isso porque o torcedor que tem condições de bancar os valores cobrados são aqueles que, em boa parte, mal se importam com o time e vão às arquibancadas para filmagens e posts fingindo serem o que não são. É o “torcedor de ocasião”, como definiu MCP. Por isso, a importante iniciativa das torcidas tende a resgatar, ao menos nas finais, a verdadeira diferença que faz atuar em casa e ter a torcida a seu favor.
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“Aumento de preços de ingressos em jogos decisivos, em finais, isso sempre aconteceu. Não é novidade! Mas há aumentos e aumentos, reajustes e reajustes, índices e índices. E o reajuste aplicado pela diretoria do Flamengo para a final da Copa do Brasil contra o São Paulo foi bem além do razoável”, afirma.
E complementa: “Ingressos caríssimos, afugentando boa parte da torcida, sendo que uma parte ainda maior já foi afastada há muito tempo com a descaracterização do Maracanã e encarecimento dos ingressos que acontece praticamente em todo o país. Nessa final há o risco de um Maracanã frio. Talvez o Morumbi corra o mesmo perigo”, começou Mauro Cezar Pereira.
Por fim, MCP diz que “a tendência é que esse dinheiro seja investido em artefatos para criar uma atmosfera, para tentar salvar a arquibancada. Para tentar dar um clima de final, que mexa com o adversário e o próprio time mandante, ou seja, é uma tentativa dos torcedores organizados, com o apoio de vários torcedores, para tentar salvar a arquibancada, porque a cultura da arquibancada é escorraçada pelos dirigentes brasileiros”.
Até o momento, mais de R$ 120 mil foram arrecadados por Nação 12, Jovem Fla, Raça Rubro-Negra e Urubuzada. Além disso, as organizadas do Flamengo garantem que farão a prestação de contas do que for comprado com os valores arrecadados pela vaquinha.
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