Especialistas analisam transmissão do Flamengo: 'vexame jamais visto'

O Flamengo ficou no 0 a 0 com o Volta Redonda pelo Cariocão. Foi no último sábado (29). No entanto, não foi o jogo que repercutiu. Isso porque muitos torcedores ficaram sem conseguir assistir à partida. Isso porque durante o jogo, muitos relataram os problemas nas redes sociais. Inclusive, o fim da partida chegou a ficar sem transmissão.

Mas não foram só os torcedores que repercutiram. Isso porque especialistas no assunto de transmissão/streaming comentaram o assunto. Além disso, também teve jornalista criticando o ocorrido na partida.

Por exemplo: Ricardo Hinrichsen. Isso porque Ricardo é ex-Diretor de Marketing do Flamengo. Além disso, ele se candidatou à presidência do clube no último pleito.

No entanto, Ricardo classificou o episódio como “estratégia comercial do clube de matar a galinha dos ovos de ouro pra fazer canja”. Além disso, ele disse que é algo lamentável, mas não surpreendente. Ou seja, explica que a estratégia é cortar gastos. Por isso, oferencendo uma transmissão abaixo dos padrões. Assim, almejando lucros maiores. Veja o fio do ex-Diretor:

2 – Isso implica em trabalhar com o menor custo possível, não importando sacrificar a qualidade do serviço oferecido. Mas principalmente implica em uma total falta de interesse na qualidade da relação com o consumidor. “Eles sempre voltam”, eles dizem.
— Ricardo Hinrichsen (@RicardoHinrichs) January 30, 2022

4 – Serviço oferecido ontem para consumidores que compraram o pacote da FlaTV (que já estava caótico muito antes do problema de sinal), é apenas mais um onde torcedor é tratado como gado, de quem se deve tirar máximo de dinheiro, no mínimo de tempo, e oferendo nada em troca.
— Ricardo Hinrichsen (@RicardoHinrichs) January 30, 2022

5 – Nesse contexto, não é muito diferente do oferecido pelo programa de sócio torcedor, ou pela política de precificação de ingressos do Flamengo. Reflete exatamente a mesma estratégia. Surpreendente seria se fosse diferente.
— Ricardo Hinrichsen (@RicardoHinrichs) January 30, 2022

Além disso, quem também falou sobre o assunto foi Felipe Ribbe. Inclusive, Felipe é filho de Wallim Vasconcellos. Wallim foi vice-presidente do Flamengo. Entretanto, no mandado de Bandeira de Mello.

No entanto, Felipe atuou com transmissões do NBB. Além disso, ele trabalhou no ‘SporTV’. Por isso, falou sobre o que acontece e os problemas da transmissão do jogo do Flamengo. Ou seja, também fez fio no Twitter para falar sobre o assunto.

Primeiro é preciso diferenciar os problemas. Uma coisa é a plataforma onde as pessoas vão acessar as transmissões. Neste caso, é preciso ter um servidor robusto, com elasticidade para aumentar sua capacidade automaticamente conforme o número de pessoas simultâneas cresce.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Mas também há a possibilidade de contratar empresas que já têm plataformas prontas, acostumadas a receber milhares de pessoas simultaneamente, sem cair. E há sempre também a opção de usar as grandes, como YouTube e Twitch. A primeira, inclusive, está sendo usada pelo Paulistão.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Mas mesmo assim o grosso das pessoas vai assinar na hora, não tem jeito, é cultural no Brasil. Se fosse fácil criar uma plataforma de streaming robusta do zero, não teríamos pouquíssimos players neste mercado esportivo. Custa caro manter uma estrutura própria confiável.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Não custa caro, dá fazer uma transmissão de ótima qualidade com 40k, 50k por partida. Ainda mais fechando um pacote por campeonato. Lembre-se, o NBB tem bem menos verba que o futebol e conseguia contratar essas produtoras para fazer muito mais jogos (8 meses de campeonato).
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

2 – o outro problema é justamente o envio do sinal para as plataformas. E aí, na minha visão, existe o maior desafio. Para economizar, muitas vezes se aposta somente na Internet do estádio/ginásio para que esse sinal seja levado do local do evento até a plataforma.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Esses chips 4G devem ser de preferência de múltiplas operadoras, pois a qualidade das mesmas varia em cada cidade. Existem aparelhos muito bons no mercado, como o LiveU, de Israel, usado em grandes competições, mas sempre com redundância, com backup, para evitar dores de cabeça.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Na outra ponta é preciso ter uma outra antena, para receber este sinal e coloca-lo no ar. Apesar de ser pago em dólar, esse segmento espacial para o tempo de uma transmissão também não é caro. No NBB nós pagávamos para entregar pra Fox, ESPN e Band.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Porém, dá para fazer um híbrido das duas coisas e usar o satélite para enviar o sinal do local do evento, onde a Internet tende a ser menos confiável, para um ambiente mais seguro e de lá subir o sinal nas plataformas. Fizemos isso algumas vezes no NBB.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Uma vez que o sinal chega via satélite, usa-se a Internet segura do estúdio para enviar o sinal para as plataformas de exibição do evento. Sim, há um delay e muitas vezes esse delay é alto, mas é melhor ter delay e um sinal confiável, do que diminui-lo e perdê-lo com constância.
— Felipe Ribbe (@RibbeFelipe) January 30, 2022

Opinião de jornalista sobre queda do jogo do Flamengo

Porém, não foram só especialistas. Isso porque Renato Prado comentou o assunto. Renato, entretanto, é jornalista. Além disso, é flamenguista assumido. Por isso, cobre o Flamengo. Entretanto, Renato classificou o ocorrido como ‘vexame jamais visto.

Renato chamou a queda de ‘ápice da decadência’. Isso porque o jornalista falou sobre o streaming como algo ruim. Até porque, segundo ele, imagens ‘travadas’ e delays jamais terão a qualidade da TV.

Além disso, Renato criticou a necessidade da Fla TV de tirar a culpa de si. Isso porque o narrador Emerson Santos falou várias vezes que as imagens eram geradas pela “Sportsview”. Ou seja, querendo tirar a culpa do Flamengo. Ou, ao menos, amenizar o problema.

Além disso, Renato falou que não são incompetentes. Mas, neste caso, faltou competência. No entanto, falou sobre os cortes de custos nas transmissões. Isso porque as receitas do ano passado não foram boas.

“São incompetentes? Eu os conheço pessoalmente e profissionalmente e asseguro que não. Mas após o primeiro ano em que não conseguiram obter lucro (as receitas de publicidade, vendas de pacotes de pay per view etc. ficaram todas bem abaixo do esperado) resolveram cortar custos e, entre outras coisas, trocaram a produtora original, a experiente Casablanca, por outra, provavelmente mais em conta, chamada “Broadmedia”, que, sem tanta expertise, assumiu a responsabilidade pela geração de imagens para a Federação e para o Flamengo que, por sua vez, as repassariam para os canais competentes. Deu no que deu. Competência passou longe de todas as fases do processo.”
Renato Prado

Renato ainda criticou as decisões dos dirigentes e exigiu investimento para que fosse feito do jeito certo.

Próximo jogo do Flamengo

O próximo jogo do Flamengo é contra o Boavista, na próxima quarta-feira (02), às 18h00 (Horário de Brasília), e o torcedor rubro-negro espera não perder a transmissão mais uma vez. Até porque, desta vez, será a estreia do time principal do Mais Querido na temporada 2022.

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Especialistas analisam falhas e jornalista afirma que queda na transmissão do jogo do Flamengo foi ‘vexame jamais visto’

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