Autor do gol do título do São Paulo na Copa do Brasil, o meia Rodrigo Nestor explicou no “Sportv” a tática usada pelo time paulista no jogo de ida da final, que acabou definindo a disputa.
Dessa forma, ele afirmou que o São Paulo explorou as deficiências de marcação de Gabigol para fazer o gol da vitória por 1×0. Em participação no programa “Boleiragem”, o meio-campo do tricolor explicou o esquema de Jorge Sampaoli no Maracanã.
Leia mais: Rodrigo Nestor diz que não conseguiu fazer gol igual em treino antes de final
“A gente não sabiaqualseria o time do Flamengo porque o treinador não repetiu nenhuma escalação. Só que a gente sabia que se jogasse o Gabriel, que é um jogador que tem um faro de gol sensacional, é matador, mas que marcar não é sua melhor qualidade, ele tem dificuldade na posição e acho que aberto não é a posição em que ele se sente mais confortável.”
De acordo com Nestor, que deu a assistência para Calleri na jogada, o espaço nas costas de Gabigol facilitaria o ataque do São Paulo.
“O nosso lado esquerdo é o mais agudo, porque o Caio é praticamente um ponta, ele era atacante. No nosso gol, trabalhamos durante a semana que se o Rato pegasse [a bola] e fosse para dentro, o outro lado estaria livre. Quando ele lança, eu me preocupo em atacar o espaço, nisso eu abro, o Caio carrega e toca. Quando ele toca, o Calleri já vai para o segundo pau — foi exatamente a jogada do treino —, aí eu cruzei e ele fez o gol” , completou.
Deyverson expôs falha semelhante na marcação do Flamengo
Não é a primeira vez que a pouca dedicação defensiva dos atacantes do Flamengo é comentada no mesmo quadro do programa apresentado por Roger Flores e Caio Ribeiro no Sportv.
No começo de agosto, o atacante Deyverson, do Cuiabá, no mesmo programa, explicou a tática usada pelo seu time na vitória por 3×0 contra o Mais Querido:
“A gente toca a bola no lado, o que o Pedro faz? Dá o pique, só que ele não volta. E quem está lá [na lateral do Flamengo] não vai sair, porque o Pedro não vai voltar. Se o Pedro voltasse ajudaria o lateral a sair. Eu faço isso porque é meu jeito, dar 100% ao time”, diz Deyverson.
Curiosamente, na época, Deyverson concordou com o comentário de Pedrinho de que se Gabigol estivesse jogando, o Cuiabá não sairia assim porque o camisa 10 voltaria para marcar.
“Pedro não é muito de pressionar. A gente tocava na lateral, atraía o Pedro para voltar para lá e abrir o espaço. Depois que abrisse o espaço, o Pedro ia dar um ‘miguézinho’ aqui, o volante ia sair um pouquinho e ia criar espaço para poder vir e girar a bola no Cafú. A gente fazia o balanço para poder pegar a velocidade do Cafú”, explicou o atacante.
Ainda assim, as declarações mostram que, com Pedro ou Gabigol, os times adversários exploram as falhas de marcação dos atacantes rubro-negros, que sequer têm compensado o pouco esforço defensivo com gols. Isto porque a dupla não marca um gol com a bola rolando pelo Flamengo desde julho, num jejum que já supera mil minutos.
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