Nessa segunda-feira (15), o movimento Flamengo Antifascista anunciou que a vaquinha para pagar multa por faixa atingiu a meta. Na última sexta, o MRN noticiou que o movimento havia lançado a vaquinha para ajudar dois torcedores condenados por faixa contra a ditadura. A vaquinha alcançou a meta de 1800 reais, valor estipulado das 4 baterias veiculares (2 por torcedor) que serão repassadas ao BEPE.
No dia 1º de abril, dois torcedores receberam punição por levar uma faixa que dizia “Morte aos torturadores de 64”, no Fla x Flu da final do Campeonato Carioca. A princípio, os torcedores tiveram que utilizar tornozeleira eletrônica e impedidos de frequentar estádios até o final de 2023. Na última quarta (17), um acordo liberou os torcedores do uso da tornozeleira eletrônica em troca do pagamento das baterias. Apesar disso, os torcedores seguem impedidos de frequentar jogos do Mais Querido.
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Torcedores protestaram contra decisão do acordo
Também na última quarta-feira, Flamengo e Goiás se enfrentaram pela 5ª rodada do Brasileirão. Torcedores do movimento Flamengo Antifascista novamente levaram faixa protestando contra o acordo. A faixa com os dizeres “Os de 64 seguem aí!”, fazendo referência aos torturadores que seguem livres, enquanto os torturadores seguem livres.
Na última semana, o advogado da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, Rodrigo Mondego, falou sobre o caso. De acordo com Rodrigo, os torcedores propuseram debate contra os torturadores da ditadura militar que não sofreram quaisquer punição, mas a Justiça do Rio de Janeiro não entendeu assim. Rodrigo completou dizendo que, ainda que fosse uma vitória a retirada das tornozeleiras eletrônicas, os torcedores acabaram tendo uma punição maior tendo que pagar as baterias.
“Punição maior do que quem praticou crime de lesa à humanidade, quem torturou, quem estuprou, que sumiu com corpos de pessoas. Quem até matou um atleta do próprio Flamengo, que foi o Stuart Angel. Os assassinos do Stuart Angel tiveram uma punição menor do que os flamenguistas que propuseram punição aos torturados da ditadura militar”, completou Rodrigo.
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