Vice-Presidente de Esportes Olímpicos do Flamengo, Guilherme Kroll se envolveu em mais um caso lamentável. De acordo com o “Portal Olímpico”, o dirigente foi denunciado por assédio moral após exigir a demissão de uma funcionária da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, alegando que o Flamengo “banca” o esporte nacional, aos gritos de que “Aqui não é favela”.
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O episódio aconteceu no Campeonato Brasileiro de Nado Artístico, no mês passado, no Parque Aquático Julio Delamare. Com o Flamengo levando 14 títulos em 15 provas, Kroll se revoltou com uma “manobra” feita pelo Tijuca Tênis Clube, que inscreveu duas equipes na prova de conjunto, somou mais pontos e levou o título na categoria júnior.
Com apenas uma equipe, o dirigente do Flamengo quis entrar com um protesto para reverter o título. No entanto, a árbitra geral da competição, Ana Carolina Siqueira, disse que o pagamento, de R$ 200, deveria ser feito em dinheiro vivo. Kroll, queria pagar no pix. Isso gerou a revolta do cartola, que começou a agir de maneira agressiva.
De acordo com a ata do torneio, Kroll tratou a supervisora da CBDA, Juliana Dias, “de forma agressiva, exaltada e desrespeitosa”. Testemunhas confirmaram que ele alegava que “o Flamengo é a elite do esporte nacional”, e que em discussão com um dirigente do Tijuca, gritou que “Isso aqui não é favela”.
Denúncia contra o dirigente do Flamengo
Na denúncia contra Guilherme Kroll no STJD da CBDA, está na ata que o dirigente também exigiu a demissão de Juliana Dias: “Repetiu essa declaração por diversas vezes, aos gritos e gestos corporais, enfatizando assédio moral à supervisora de nado artístico da CBDA, que em nenhum momento respondeu as injúrias”. De acordo com o portal “Olhar Olímpico”, pessoas presentes confirmaram o episódio.
Após as discussões e com o pagamento finalmente efetuado, a arbitragem recusou o protesto do Flamengo e manteve o título com o time da zona norte carioca.
Kroll, que já se envolveu em outras polêmicas como dirigente do Flamengo, será julgado nesta quarta (28), no artigo 243 F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que prevê multa de até R$ 100 mil e suspensão de 90 dias.
Justificativa de Guilherme Kroll
Assim, em entrevista ao jornalista Demétrio Vecchioli, Guilherme Kroll justificou o episódio e confirmou que se exaltou. Para o dirigente, o Flamengo estava sendo ofendido:
“O ofendido era o Flamengo, que estava tendo o seu Pix recusado pela arbitragem da competição. Mas eu estava me sentindo mais que ofendido. Sou casca grossa e não vai ser o nado artístico que vai me tirar do sério, mas eu precisava que o recurso fosse aceito. Eu estava brigando para que o assunto fosse aceito”, afirmou.
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