Nos últimos 30 dias, se eu pudesse dar dois conselhos à diretoria, o primeiro seria nunca colocar azeite sobre o purê de batata, pois fica horrível. O segundo? Efetivar nosso comandante pra ontem!
E dentre todas as decisões tomadas desde 2013 pelo nosso time de terno e gravata, a de hoje talvez seja a mais justa e de maior impacto a médio prazo.
Quando falamos de treinador interino e associamos ao Flamengo, lembramos de ex-jogadores, ídolos, conhecedores da essência primária que a instituição carrega. Motivadores, de conhecimento tático limitado e estratégias simples, que ganham o grupo e garantem o trabalho na conversa.
Zé Ricardo é diferente.
Ao assumir a equipe naquele momento obscuro, era uma mera aposta. A única certeza na época era de seus méritos para estar ali. Ele merecia, mais que qualquer outro, aquela chance.
Então ele chega, cresce a produtividade defensiva de forma instantânea, aumenta consideravelmente o número de chances criadas por jogo, dá um padrão ao time, traz um sentido ao 4-3-3 e nos torna, enfim, um time competitivo.
As tabelas que Cirino faz com o Rodinei também funcionam com Pará. Quando Gabriel, Sheik ou qualquer outro brainless winger atua pelo mesmo lado, jogadas também fluem. Éderson, antes perdido, se encontra e se torna fundamental antes da lesão. Márcio Araújo, um caso à parte, uma batalha de opiniões semelhante a Wyllys x Bolsonaro, faz sua função acima de qualquer coisa e traz os números para seu favor.
Você pode não concordar com o esquema utilizado ou com algum titular, mas quaisquer sejam os 11, nós agora andamos pra frente.
Nosso técnico faz o time funcionar, independente das peças escaladas. Zé faz jogar, se impor, ser superior. Desde que assumiu, os únicos 45 minutos que fomos inferiores ao adversário aconteceram naquela derrota sobrenatural no Itaquerão. E a coincidência está a favor do Tio Zé: logo naquela hora, ele não estava à beira do campo.
Desperdiçamos muitos pontos, sim. Mas todos por erros individuais.
E quando digo “desperdiçar”, falo de jogos em casa e me refiro a Palmeiras, São Paulo e Flu. Partindo pelo princípio de que a derrota para o Corinthians fora de casa é uma das 8 aceitáveis neste Brasileirão.
Zé Ricardo não atrasa pro goleiro, nem bate pênalti. No que depende dele, eu confio.
Estamos experimentando uma situação nova: um comandante com os requisitados ensinamentos modernos do sóquer misturados ao necessário conhecimento sobre o que está em sua volta.
Além de conhecer o Flamengo, ele conhece o futebol.
Zé merece o Flamengo. E o Flamengo merece o Zé.
Ninguém foi tão feliz ao tratar esta efetivação como nosso querido estagiário do Twitter oficial do clube. Salve Jorge! Dessa vez, não o da lateral:
“Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou”.
E apesar de saber, há bastante tempo, do que isso se trata, hoje é o dia de cair a ficha.
O meu Flamengo está definitivamente em suas mãos, Zé. Cuide dele.
Por bastante tempo.
@_LeoLealC
Crédito imagem destacada: Gilvan de Souza/Flamengo
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