Nesta quinta (13), Vini Jr. depôs sobre caso de racismo que sofreu contra o Mallorca, em fevereiro deste ano. Em sua declaração, Vinícius foi irredutível: não há perdão aos torcedores racistas e não abre mão de qualquer tipo de indenização. Até o momento, esta foi a única audiência que o ex-Flamengo e jogador do Real Madrid participou.
Perguntaram à Vini Jr. se as ofensas foram porque ele é um jogador importante do rival ou por ser negro. O brasileiro respondeu que foi pelos dois motivos. Em seguida, foi indagado se os gritos de macaco foram por estar fazendo “macaquices”, e não pela cor de sua pele. Vinícius retrucou: “As pessoas brancas (estavam insultando), não as pessoas pretas. Não se pode fazer isso com as pessoas pretas, que foram afetadas ao longo de toda a história por isso”.
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O caso aconteceu quando a equipe do Real Madrid ia cobrar um lateral. No momento, as câmeras flagraram um torcedor do Mallorca que gritava “Vinícius é um macaco! Um maldito macaco”. Ainda que o insulto tenha passado despercebido pela arbitragem e jogadores, foi possível recuperar as imagens pela transmissão da partida no DAZN.
Além disso, Vinícius se indignou com algumas perguntas da defesa do acusado. Em uma delas, questionaram se o ex-Flamengo também insultou (não de maneira racista) outros jogadores. “Se eu tivesse insultado algum companheiro ou ao árbitro, eu teria sido expulso.” respondeu Vini Jr.
Casos de racismo com Vini Jr. foram recorrentes na última temporada
Esta não foi a primeira vez e nem a última que Vinícius Júnior sofreu racismo. Aliás, este caso contra o Mallorca não foi o que mais rendeu apelo midiático. Em maio deste ano, o Real Madrid enfrentou o Valencia, em Mestalla. Um setor inteiro do estádio proferiu insultos racistas contra Vini Jr. Ademais, Vinícius ainda foi expulso após sofrer uma agressão.
O caso correu o mundo, com diversos nomes importantes se pronunciando sobre o ocorrido. O presidente Lula repudiou o caso de racismo com Vinícius. Além disso, o Ministério do Esporte enviou uma carta com mais de 150 assinaturas, prestando solidariedade ao jogador e pedindo por intervenção das autoridades espanholas. Por fim, o presidente da FIFA também convidou Vinícius Junior para liderar comitê de combate ao racismo da federação.
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