O Sub-20 do Flamengo conta com uma história de superação sensacional. Raphael Nunes venceu um câncer no testículo, descoberto durante competição Sub-18 na Croácia e na República Tcheca, em julho do ano passado. Levando bolada no local, a forte dor causou estranheza, até que um inchaço foi reparado. Após sessões de quimioterapia entre outubro e dezembro, Raphael conseguiu se curar.
O jovem goleiro foi relacionado e ficou no banco de reservas do no jogo contra o Bangu, pela Taça Guanabara Sub-20, enquanto Lucas Furtado foi titular. Foi a primeira vez do jogador 100% recuperado integrando o plantel em uma partida. Ao Uol, ele comentou o tema, mas sonha com o retorno aos gramados podendo atuar.
➕Raphael Nunes, base do Flamengo que teve câncer, recebe ok para voltar a jogar
“Foram oito meses parado. Então, voltar a treinar já deu um gostinho, mas o gosto melhor é o do jogo. Estou muito feliz e ansioso para esse momento, que vai chegar, se Deus quiser. Estou preparado”, garante Raphael.
Mas esse é só o primeiro sonho. Isso porque Raphael quer mesmo é se profissionalizar e mudar a vida de sua família.
“No momento sonho com o dia de amanhã. Acordar, estar bem e ter saúde. A longo prazo me tornar jogador profissional, ser bem-sucedido e ajudar minha família a não passar mais por dificuldades”, continua.
Raphael Nunes temeu não conseguir voltar a jogar
Raphael Nunes também contou sobre o momento da descoberta do câncer e falou sobre a sua fé.
“Para ser bem sincero, naquela hora, a ficha não caiu. Fui pego desprevenido. Foi em um momento em que eu estava treinando, e uma semana depois descobri. Fiquei sem reação, e depois de um tempo eu fui me acalmando. Mas eu tinha muita fé que aquilo iria passar. Foi um momento de tristeza, mas, ao mesmo tempo, sabendo que ia dar certo”, lembra.
Mas isso o fez duvidar de suas capacidades. Raphael Nunes temia jamais voltar ao que era antes, não conseguindo mais atuar em alto nível. Ele tinha problemas com a respiração, por exemplo, o que dificultar um atleta a jogar em algo nível.
“Em um momento eu cheguei a pensar: ‘Será que eu vou conseguir voltar a ser como eu era antes?’. Porque eu estava muito diferente, o remédio é muito forte, me tombou. E meu corpo mudou muito. Eu não estava conseguindo respirar direito, meu pulmão estava bem fechado”, relata.
Seu retorno gradual se iniciou em abril, mas foi preciso muita luta.
“Graças a Deus, voltei. Lutei muito. Tive uma semana de reabilitação para voltar ao ritmo e, depois de um mês, estava acompanhando os meninos no treino”, complementa.
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