O principal assunto dos últimos dias no futebol carioca é a briga entre FERJ, Vasco, Botafogo e alguns clubes menores contra Flamengo, Fluminense e até a Concessionária Maracanã. As acusações de ambos os lados parecem não ter fim e, à medida que o Estadual se aproxima, a situação precisa ser resolvida o mais rápido possível. Entenda o que vem acontecendo.
Campeonato em crise
Não é novidade para ninguém que o Campeonato Carioca perde seu prestígio a cada ano. Visando uma melhora e aumento, principalmente, nas médias de público, Eurico Miranda, presidente do Vasco, propôs que a FERJ diminuísse os preços em relação aos que foram cobrados no ano passado. Depois de uma votação entre todos os membros da mesa, apenas Flamengo, Fluminense, Volta Redonda e Barra Mansa votaram contra.
Mnifestação
No documento escrito pelos dois clubes e pela Concessionária Maracanã e divulgado, também, pelo site oficial do rubro-negro, as partes explicam porque são contra a proposta aceita. Dentre as razões citadas, a principal é a forma como o preço dos ingressos traz prejuízo aos times e como afeta programas como o Sócio Torcedor. Além disso, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, disse que pensa até em colocar o time reserva para enfrentar o Macaé no sábado.
Represália
Em resposta, a Federação Carioca e os clubes que a apóiam emitiram um comunicado defendendo que a proposta foi votada e que é a vontade da maioria. Além disso, disse ainda que o programa de ST dos times não pode definir o campeonato e alfinetou o interesse do Consórcio do Maracanã no assunto.
Sócio-Torcedor
Se o ST não tem vantagens como desconto no ingresso, a atratividade da ideia diminui, o que prejudica e muito os projetos do time. Nesse caso, o Fluminense também sofre com o mesmo problema, ao contrário de Vasco e Botafogo, que tem pouca adesão ao programa.
Subsídio da prefeitura
Em entrevista ao programa Enquanto a Bola Não Rola, da Rádio Globo, o prefeito vascaíno do Rio disse que é contra os preços praticados, e que pode estudar algum tipo de ajuda (leia aqui).
As acusações de Eurico
Ontem alguns veículos de comunicação conseguiram a façanha de dar destaque ao discurso acusatório do Presidente do Vasco, que usou o programa de televisão Balanço da Bola, da TV CNT, para vomitar seu recalque. Entre uma e outra sandice, Eurico disse que o Flamengo contribui para a “espanholização” do futebol brasileiro.
Nova rebatida
O Flamengo se encontra em uma sinuca de bico. Sem estádio, com um contrato de uso do Maracanã exploratório, uma Federação que não trabalha em prol do futebol carioca, um “co-irmão” alucinado e que promove claramente uma guerra contra o nosso clube, no sentido de diminuir as condições de lucro, e consequentemente diminuição do poder de investimento. Eduardo Bandeira de Mello e a diretoria estimam perda de até 2 milhões de reais com o Carioca.
O Clube de Regatas do Flamengo promete esgotar a esfera esportiva antes do departamento jurídico do clube entrar na justiça comum. O presidente anunciou que não pode conviver com censuras na política de precificação. A revolta ainda aumenta pesando o fato de ser uma interferência criada pelo Vasco da Gama.
Arbitral
Depois de muita discussão de todos os lados, a FERJ anunciou que o Arbitral que será realizado nesta terça, dia 27, vai debater promoção dos ingressos. Ou seja, de fato não é mais o Flamengo que decide o valor do seu espetáculo.
Pelo menos por enquanto.