Dominante no estado e tentando subir de patamar cenário nacional, o Flamengo investiu pesado nesta temporada no seu time de futebol feminino. Diversas jogadores com passagens pela seleção brasileira foram contratadas, como por exemplo as atacantes Duda e Giovanna Crivelari. Mas o clube agora enfrenta problemas na justiça.
Isso porque pelo menos nove atletas e um ex-treinador entraram na Justiça contra o Flamengo, cobrando salários, multas, impostos e férias pelo período em que jogavam no clube. As cobranças são por mais de 6 milhões de reais e foram ingressadas em junho.
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As atletas que não tiveram seus nomes divulgados, acionaram a Justiça do Trabalho em conjunto. Elas acusam o Flamengo de utilizar os serviços das meninas como atletas militares, para não ter qualquer custo, já que o Rubro-Negro possui uma parceria com a Marinha.
Por causa do contrato entre Flamengo e Marinha, elas treinavam e disputavam os campeonatos com o Manto Sagrado entre 2015 e 2021, mas sequer tinham contrato especial de trabalho desportivo. Mas que em 2019, depois da CBF exigir que os clubes criassem times femininos, algumas delas tiveram contratos produzidos para o clube seguir as ordens.
O problema é que, depois do período em que serviam como militar acabou, elas foram demitidas sem nenhum direito trabalhista. Como não ganhavam salário do Flamengo, e sim da Marinha, elas querem que a Justiça compare os valores e recebam as quantias devidas. Como militares, elas ganhavam cerca de 5,5 mil reais.
Jogadoras querem receber direitos trabalhistas
As ex-jogadoras do clube estão na Justiça para terem seus vínculos empregatícios reconhecidos, negados pelo Flamengo. Recebimento de férias, 13º, multas na CLT, FGTS e outros direitos garantidos por lei. As informações são do jornalista Diego Garcia, do Uol. O Flamengo não se manifestou sobre o assunto.