Gabigol chega ao seu 27º aniversário em mais um momento ruim na sua relação com o Flamengo e seus torcedores. Com desempenho abaixo do que pode oferecer, o camisa 10 e um dos capitães do elenco achou prudente dar uma super festa e divide a Nação, que em parte não vê problema, mas em outra acha um desrespeito. Fato é que os altos e baixos nesse relacionamento já aconteceram, mas os flamenguistas costumam se arrepender de duvidar de um dos seus maiores ídolos.
Algumas críticas são, claro, pertinentes. Nem Zico, o maior, foi poupado. Gabi e o Galinho, inclusive, são incomparáveis, seja aos outros meros mortais ou entre eles mesmos. O Rei tem até hoje uma conduta exemplar, mas reinou em um tempo diferente, com costumes diferentes e personalidades um tanto distintas. Já o Príncipe faz parte de uma geração de jovens polêmicos, que gostam de “causar” e não costumam se preocupar com os julgamentos alheios.
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Assim Gabigol molda essa personalidade cativante e, ao mesmo tempo irritante. Quem o ama, o faz com muita força. Em contrapartida, quem o odeia também o faz em alta intensidade. O que não pode ser questionado é tudo que ele já fez e deu ao Flamengo, assim como o seu amor pelo clube e importância para o Rubro-Negro. Contudo, ainda assim, alguns insistem em colocá-lo em xeque. Na imprensa, viraliza o seu péssimo aproveitamento em frente à baliza. Entre os torcedores, muitos protestam contra sua renovação, o vê desrespeitando a camisa e querem sua saída. Se esquecem, porém, que costumam se arrepender por isso.
Nesse sentido, o MRN preparou uma lista com cinco (e desafio alguém a encontrar mais) momentos nos quais parte da torcida do Flamengo ousou blasfemar contra Gabigol mas acabou se arrependendo.
Na sua contratação
Essa divisão entre os amantes e aqueles que odeiam Gabigol começou desde a sua chegada. Anunciado no início de janeiro de 2019, o então camisa 9 recebeu dúvidas sobre o que poderia oferecer ao Flamengo a partir da sua chegada, ainda por empréstimo. O futuro fez essa parcela pagar a língua, já que naquele mesmo ano o Mais Querido voltou a vencer o Brasileirão e, principalmente, a Libertadores, com Gabi sendo o seu principal nome e artilheiro.
Na final contra o River Plate
Foi justamente no título da Libertadores que, novamente, parte da torcida duvidou do homem. Nesse sentido, sem jogar bem ao longo da partida, Gabigol poderia ter jogado toda uma temporada fantástica no lixo se tivesse saído como vice-campeão e sem utilizar o seu poder de decisão ali. Contudo, sua estrela brilhou, e com gols no apagar das luzes, virou o placar e encerrou um longo jejum de 38 anos, calando assim, a boca dos que ousaram novamente duvidar dele.
Remontada em 2020 com Gabigol um turno pendurado
Após os grandes feitos de 2019, muito se esperava do Flamengo em 2020, mas o decorrer da temporada foi um tanto problemático. Gabigol seguia fazendo uma boa média de gols, mas sofreu com lesões atípicas, incluindo a mais longa da sua carreira até aqui, que o deixou fora de combate por quase dois meses. Nesse meio tempo, a torcida não só tinha dúvidas sobre ele, mas sobre todo o elenco.
Com sua personalidade em xeque e recebendo vários cartões amarelos, o ídolo colocou a bola em baixo do braço e passou um turno inteiro pendurado com dois cartões amarelos. Além disso, foi dele o “gol do título” do Brasileirão, marcado na penúltima rodada contra o então líder Internacional.
Quando aceitou ser coadjuvante para Pedro brilhar
Novamente com o time em baixa e muitas dúvidas da torcida, além de ver Pedro pedindo passagem, Gabigol aceitou se tornar um pouco menos protagonista para seu companheiro de Flamengo brilhar. Em números, seu poder de decisão foi reduzido e, novamente por isso, viu seu nome ser colocado em xeque, com sua titularidade sendo questionada, assim como acontece nos dias atuais.
Sua opção, no entanto, foi subestimada e seu brilho, especialmente sem a bola no pé, foi crucial. A entrevista do “inferno” que fez o grupo virar a chave na temporada, bem como a vibração nas penalidades contra o Corinthians, que configurou a ordem astrológica e espiritual na final da Copa do Brasil, são bons exemplos de como ele seguiu sendo o grande nome do Flamengo mesmo que sem anotar tantos gols.
Soma-se a isso…
Outra vez em nova final de Libertadores
Assim como aconteceu em 2019, Gabigol fazia partida ruim contra o Athletico-PR na final da Libertadores de 2022. Em um primeiro tempo truncado e difícil, novamente coube a ele usar o fator “Predestinado” para fazer o gol do título novamente nos acréscimos, mas dessa vez ainda na etapa inicial. Mais uma vez parte da torcida foi tomada por críticas e dúvidas a ele (quem negar está mentindo) e, do mesmo modo, o atacante foi lá e decidiu.
Gabigol segue e sempre seguirá sendo o grande nome dessa geração do Flamengo. Em 2023 ele poderá dar mais uma prova de que dele não se duvida e a esperança de que seu poder decisivo apareça mais uma vez, certamente será suficiente para que, one more time, os ateus se arrependem de criticá-lo.
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