O Flamengo já assusta os rivais no mercado da bola. Nos últimos dias, o clube concluiu a negociação pelo craque Nicolás de la Cruz e gastará cerca de 16 milhões de dólares para ter o jogador. O Palmeiras também chega forte na janela e já fechou dois nomes para 2024. Para o jornalista Paulo Cobos, essa é a prova de que a “espanholização” no Brasil virou realidade.
A espanholização que Paulo Cobos se refere é quanto a hegemonia de Real Madrid e Barcelona na Espanha. O Barça e o Real venceram oito das últimas 10 edições na La Liga. Além disso, a diferença de títulos dos dois gigantes para o terceiro maior vencedor nacional é assustadora. O Real Madrid tem 35, o Barcelona aparece com 27, enquanto o Atleti tem 11 taças da La Liga.
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Segundo o jornalista, Flamengo e Palmeiras estão nesse patamar hegemônico no Brasil. Desde 2019, os clubes revezam nos títulos nacionais e continentais. O Mais Querido e o time paulista, juntos, conquistaram quatro Libertadores e quatro Brasileiros nesse período. O Atlético-MG aparece como um “intruso” em certos momentos, mas não é capaz de bater de frente.
As contratações de Flamengo e Palmeiras até agora
O mercado da bola da temporada 2024 comprova o domínio de Flamengo e Palmeiras no cenário nacional. Mesmo já tendo investido mais de R$ 77 milhões para tirar De La Cruz do River, o Rubro-Negro ainda tem um caixa de cerca de R$ 100 milhões para contratar nesta janela. Isso sem a necessidade de vender joias a qualquer custo para o exterior. O Flamengo estuda transferir Victor Hugo em janeiro, mas aguarda com calma o leilão dos times da Premier League.
O mesmo vale para o Palmeiras. A equipe alviverde anunciou Aníbal Moreno, ex-Racing, ainda no último mês. R$ 34,4 milhões foram investidos no jogador. E nesta semana, Bruno Rodrigues também foi anunciado. No entanto, o Palmeiras ainda não fez nenhuma venda nessa janela.
Outros clubes do Brasil não tem o mesmo privilégio. Corinthians, São Paulo e Atlético-MG tentam ser páreo no mercado, mas acabam na frustração.
“A maioria dos rivais mira em reforços modestos e ainda correm para vender jogadores para diminuir o déficit da temporada, como faz o São Paulo com a joia Beraldo. Outros, como o Corinthians, seguem fazendo muito barulho por nada. O Atlético-MG, de elenco robusto, até ainda tenha sonhar alto, mas agora que seus mecenas viraram donos do clube a responsabilidade financeira aumentou”, disse Paulo Cobos.
Mais reforços chegando…
E não para por aí. O Flamengo ainda quer se reforçar mais de olho na próxima temporada. A diretoria abriu a carteira e tem dois alvos concretos na mira. O primeiro é Léo Ortiz, zagueiro do Bragantino. A contratação do defensor é quase uma realidade no clube, restando apenas alguns detalhes quanto aos valores da transação.
Mais um nome de peso é Gustavo Scarpa. O meia do Nottingham Forest, emprestado ao Olympiacos, deve voltar ao Brasil. O Flamengo já sinalizou interessado no ex-Palmeiras. Quem também sonha com Scarpa é o Atlético, mas sabe da dificuldade em competir com o poderio financeiro rubro-negro.
Vale lembrar que o Flamengo já possui um elenco mais do que estrelado e caro de se manter. A diretoria gastou cerca de R$ 435 milhões somente com folha salarial em 2023. Ou seja, a média de gasto mensal do Flamengo para manter seu plantel é de pouco mais de R$ 36 milhões. A tendência é que os números se repitam em 2024. Apesar da saída de medalhões, como Filipe Luís e Rodrigo Caio, o Fla terá que arcar com o salário do craque De La Cruz.
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