A missão em La Paz é bem complicada, e o Flamengo tenta se agarrar à vantagem construída no jogo de ida, no Maracanã. Mas se não tomar cuidado, o placar de 2 a 0 pode se esvair rapidamente contra o Bolívar. Hernane Brocador, Léo Moura e Juan, ex-jogadores do Mengão, sabem bem das dificuldades de se jogar no alto da Bolívia.
Em entrevista à ESPN, Hernane Brocador, que jogou contra o mesmo Bolívar na Libertadores 2014, relembrou os momentos agoniantes em La Paz, apontando para as dificuldades dos companheiros.
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“Nós sentimos bastante. Samir e André Santos passaram muito mal, o clube teve que levar balão de oxigênio para os dois. Durante a partida não senti tanto quanto eles, mas minha cabeça doeu bastante”, lembra Hernane.
O atacante também explica que existem situações que podem complicar o Flamengo, como a mudança na velocidade da bola. Vale lembrar que o time tem tido problemas com a bola aérea defensiva.
“Têm outras dificuldades. Bola rápida, domínio diferente. Time do Bolívar pressiona bastante. O que mais dificultou foi a finalização. Quando finalizavam, a bola chegava muito rápida. A gente teve que tomar cuidado com os rebotes”, conta, antes de apostar:
“Flamengo mostrou de 2019 para cá que entra na competição para ganhar. Creio que esse ano consiga ganhar as três competições importantes”, completa.
Juan relembra sofrimento em La Paz, mas Léo Moura minimiza complicações para o Flamengo
O ex-lateral-esquerdo Juan, que foi campeão da Copa do Brasil 2006 pelo Flamengo, relembrou jogo em 2007, contra o Nacional Potosí. O Flamengo ficou no empate por 2 a 2, e o ex-jogador lembra de faltar ar durante todo o tempo. Os brasileiros ficam ofegantes, e Juan destaca que é realmente muito complicado.
“É como se a gente estivesse ofegante o tempo todo. Não tem ar, bola fica rápida. Cansaço muito rápido. Ficar ofegante a cada estímulo. Isso não acontece no nível do mar. Realmente é muito difícil”, avisa.
Léo Moura, por sua vez, minimizou a questão. O jogador esteve em ambos os jogos, tanto com Juan, quanto com Hernane Brocador. No entanto, ele acredita que a atual equipe do Flamengo está pronta para esses momentos adversos.
“Jogar lá na altitude é sempre difícil, mas o Flamengo está acostumado. Tem pegado jogos em sequência na altitude e se saído muito bem. Os caras sabem jogar, tentam tirar proveito da situação. Flamengo está bem preparado”, complementa.
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