Nesta sex-feira (15), a Libra emitiu comunicado oficial para criticar a XP e Life Capital Partners (LCP), investidores da Liga Forte Futebol (LFF), por uso indevido da imagens dos clubes participantes. O comunicado conta com a assinatura do Flamengo e dos outros 16 times que compõem o bloco.
O grupo reclama pela forma como as empresas divulgaram seu novo fundo de investimentos, que tem como objetivo arrecadar R$ 800 milhões para a Liga Forte Futebol. Apesar de não existir ligação de XP e LCP com os times da Libra, os escudos e nomes foram utilizados em material de divulgação. Veja o que diz o comunicado:
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- Os clubes da Libra não fazem parte deste fundo;
- Não reconhecem o uso de seus nomes, emblemas e histórias em material publicitário produzido para captação de recursos;
- Não terão qualquer benefício derivado deste produto anunciado pelas gestoras financeiras.
- As receitas geradas pelos clubes da Libra não fazem, nem farão, parte deste produto que está sendo promovido;
- Os direitos de imagem que os clubes da Libra negociam, assim como os direitos que poderão fazer parte de uma liga no futuro, não serão contabilizados por esse fundo citado e nem poderão ser usados para promover qualquer demonstração de eventuais resultados projetados.
O grupo do Flamengo também acionou a CVM, órgão ligado ao governo com intuito de fiscalizar o mercado de capitais, e Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça. A informação foi publicada primeiramente pelo jornal “O Globo”.
Divisão dos clubes em 2 blocos deve inviabilizar formação de liga no futebol brasileiro
Especializado em negócios no esporte, o jornalista Rodrigo Capelo é um crítico ao modelo para criação de liga e a divisão em Libra e LFF. Afinal, o jornalista acredita que a existência de dois blocos distintos inviabilizará a formação de liga para gerir o futebol nacional.
Afinal, os times entraram em acordo com investidores distintos a venda de direitos de TV. Dessa forma, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) seria obrigada a escolher um dos projetos e a decisão da entidade deve ser manter a administração do Campeonato Brasileiro.
Como resultado, o principal objetivo da discussão entre os clubes: de mudar o calendário, implementar fair play financeiro e valorizar o produto do futebol brasileira será deixado de lado. No fim, mais de um ano de debate se resumirá em venda de direitos.
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