O motivo da eliminação precoce do Flamengo no Mundial de Clubes ainda é fonte de debates por parte dos torcedores e pela imprensa e, por isso, Carlos Eduardo Mansur não deixou de fazer a sua análise. Ele não deixa de citar que tudo deu errado e tanto a arbitragem ruim quanto o emocional abalado influenciaram, mas coloca o fato como resultado de uma falha no clube como projeto esportivo.
“A eliminação pode ser explicada pela expulsão um tanto exagerada do Gerson, pela instabilidade emocional, pelas substituições que geram debate. Mas o melhor para o Flamengo é refletir sobre o seu projeto”, diz em coluna em O Globo.
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Mansur diz ainda que apesar do farto elenco, o time foi a campo sem muito planejamento. Além disso, as trocas de treinador denotam também uma falta de racionalidade no planejamento e na preparação de uma equipe a cada temporada.
“O clube tem o time mais poderoso do continente. Mas o faz sem um planejamento racional. Tem sucessivas trocas de comando, entregue a uma tentativa e erro até achar encaixe entre treinador e jogadores”, escreve.
Mansur diz que Flamengo calculou riscos
O jornalista lembra ainda que Dorival já havia sido demitido pelo Flamengo antes de voltar ao clube. Além disso, Mansur diz que o Rubro-Negro sabia que não chegaria bem ao torneio internacional e aceitou conviver com isso para poder alterar o comando técnico.
“Quando contratou Dorival, recorreu a um treinador que o atual grupo político já decidira duas vezes que não servia. Ao ver o time ganhar títulos sem grande desempenho nas finais, decidiu trocar. Se a ideia era pensar na temporada como um todo, devemos entender que o Flamengo aceitou pagar o preço de jogar um Mundial mal preparado. Se a prioridade era tentar ser campeão do mundo, o clube escolheu o caminho mais longo”, finaliza.