Contratado pelo Flamengo para integrar as categorias de base do clube, Matheus Sávio estreou no profissional em 2015, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Jogador da Seleção Brasileira Sub-17 e Sub-20, o meia-atacante era tratado como uma joia e com grande projeção para o futuro. No entanto, Sávio não conseguiu render o esperado com o Manto Sagrado.
Hoje camisa 10 do Kashiwa Reysol, Matheus Sávio está adaptado ao clube japonês e marcou oito gols e distribuiu seis assistências em 2022. Em entrevista ao GE, o Garoto do Ninho falou sobre sua passagem pelo Flamengo, lamentou a eliminação contra o San Lorenzo e disse que “poderia ter entregado mais”.
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“Eu creio que poderia ter entregado mais. Em alguns momentos não tive tanta oportunidade. Principalmente quando eu estava em um momento bom, tendo sequência de jogos bons. Em 2017 eu tive uma sequência na fase de grupos da Libertadores, nos dois jogos contra o Athletico-PR, tanto no Maracanã, quanto lá, fui bem no jogo. Fui bem na estreia do Brasileiro. Em seguida veio o lance do San Lorenzo, na Libertadores, que a gente perdeu a classificação”
Matheus Sávio recebeu ameaça de morte após eliminação do Flamengo
Matheus Sávio ainda contou sobre o fatídico lance da eliminação da Libertadores em 2017, quando o Flamengo perdeu para o San Lorenzo por 2 a 1, de virada. Envolvido no lance do segundo gol do time argentino, o meia recebeu ameaças de morte após o jogo.
“Eu entrei no jogo e, nós estávamos sendo muito pressionados e não conseguíamos ficar com a bola. Eu roubei uma bola e tentei sair jogando e acabou saindo o gol. Enquanto a torcida me pressionava não teria problema. Eu sou profissional e só dentro de campo vou conseguir mostrar. Mas foi uma fase onde fui ameaçado, minha esposa, meus pais. Vazou número. Para mim, foi difícil lidar com isso que meus familiares estarem sofrendo por conta da minha profissão”.
No Japão desde 2019, Matheus Sávio se diz feliz e adaptado ao novo clube e novo país.
“Eu fui primeiro e fiquei três meses. Depois foi a minha esposa. Porque eu fui de empréstimo e não sabia se continuaria ou não. No final do ano de 2019 eles acabaram exercendo a opção de compra e já voltei com a minha esposa para 2020. É uma cultura totalmente diferente. Mas o clube me deu todo o suporte com tradutor, me deu o suporte do idioma também, para você sair e ter uma vida social é mais complicado no início, mas o clube me deu todo o apoio e eu fui me adaptando. Hoje estou bem feliz”.