O jornalista Mauro Cezar Pereira se mostrou descontente com o tratamento da imprensa ao Corinthians. O clube está no mercado. Mas a dívida é enorme e o clube deve se afundar cada vez mais. Em seu canal no Youtube, Mauro inicia:
“O tratamento dado a clube que deve jogador e continua indo ao mercado. A naturalidade com a qual parte da mídia trata isso ajuda demais a jogar esse clube no buraco. Estou falando do Corinthians. Sempre aparece um torcedor para dizer: ‘cuida do seu time, esquece o meu Timão'”, diz.
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Mauro Cezar relembra as dívidas recentes do Corinthians. O clube jamais pagou por Fausto Vera, por exemplo. Outro jogador que o time paulista fez loucura foi Rojas, ex-Racing.
“Alertamos frequentemente para a situação do Corinthians. O clube ainda não acertou sua dívida com o Argentinos Juniors pelo Fausto Vera. O presidente do clube argentino deu entrevista recentemente e palavras fortes foram usadas contra o Corinthians. O Matías Rojas, que era do Racing e interessava ao Botafogo. O Corinthians cobriu a proposta. Ele não deu retorno técnico. Alertamos na época. Falei várias vezes. Bate bem na bola, mas não é um jogador que vai gerar jogo”, opina o jornalista.
Ele lembra que Rojas foi para a justiça contra o Corinthians. Por isso, questiona como o clube pode se interessar por tantos jogadores. Além disso, lembra da dívida com a Caixa pela construção do estádio. O valor ainda não foi quitado.
“O jogador está recorrendo na justiça por direito de imagem. Como esse clube pode querer o Gabigol? Contratar jogadores internacionais? Ainda tem a negociação com a Caixa para pagar o estádio”, lembra.
Mauro Cezar ironiza comparações entre Flamengo e Corinthians
O jornalista lembra de comparações bizarras entre Flamengo e Corinthians. Alguns jornalistas e torcedores lembram que em 2015, o Flamengo iniciou movimentações caras. Assim, invalidando o período de pagamento de dívidas. No entanto, Mauro Cezar esclarece o imbróglio.
“Muitos colegas, impressionante, tratam como se fosse normal. Aí vem uma comparação bizarra com o Flamengo de 2015, 2016. Em 2015, o Flamengo contrata Guerrero e Sheik junto ao Corinthians. O Corinthians já devia dinheiro a esses dois jogadores. O Flamengo não tinha dinheiro para pagar a multa. Mas fez uma composição triangular em que assume uma parte da dívida do Corinthians com esses jogadores e os contrata”, inicia.
Mauro Cezar explica como o Flamengo fazia para pagar a dupla.
“Por isso que o Guerrero ganhava muito bem. Pessoal critica isso. Ele recebia seu salário e uma outra parte, que seria uma espécie de luvas, que era justamente como se o Flamengo estivesse comprando os direitos federativos dele. Eram do Corinthians, mas foram repassados ao atleta. O Flamengo conseguia colocar no fluxo mensal aqueles dois salários e as luvas mensais. Os dois jogaram, terminaram seus contratos e não entraram na justiça. Receberam seu dinheiro todinho. O Flamengo pagou direitinho. Cumpriu suas obrigações”, informa, antes de finalizar:
“Na época da contratação, não faltaram colegas na imprensa: ‘Olha o Flamengo deixando sua austeridade’. Eu dizia, vamos aguardar. Se o Flamengo atrasar salário, não deveria ter contratado. Se cumprisse tudo direitinho, normal. Mas quando fez essas contratações, já estava dois anos e meio apertando o cinto. Cortando custos”, afirma, desmentindo as falácias.
Jornalista relembra austeridade do Flamengo
Em 2013, o Flamengo começou a focar no pagamento de dívidas com Bandeira de Mello. O clube precisou aceitar um time mais modesto, se livrando de algumas figuras centrais. Mauro Cezar relembra o período.
“Gente, em 2013, o Flamengo devolve o Vagner Love para o CSKA porque não tinha condições de ter o jogador”, conta, antes de lembrar de Elias:
“O mesmo aconteceu com Elias. Na época, era adorado pela torcida. O Flamengo não podia pagar o valor pedido pelo Sporting. Ele foi para o Corinthians, assim como Vagner Love. E assim o Corinthians foi se embanando sem se preocupar se podia pagar. Até chegar nessa situação absurda”, relembra aos corintianos.
A falácia do fair play financeiro é mais uma estratégia adotada pelos anti-flamenguistas. Mas Mauro Cezar aborda a realidade.
“O fair play financeiro não impede Flamengo ou Palmeiras de contratar. Esses clubes têm saúde financeira. Gastam o que podem. Fair play financeiro é para andar na linha. Gastar dentro das suas possibilidades. Ter dívida nunca foi o problema, o problema é não conseguir pagar. O Corinthians tem a dívida do estádio e a dívida do clube. Contraída numa era sem grandes títulos”, diz.
Por fim, Mauro Cezar aconselha ao novo presidente do Corinthians que se espelhe no Rubro-Negro.
“As pessoas querem comparar com o Flamengo. Totalmente diferente o que foi feito pelo Flamengo. Deveria ser feito pelo Corinthians. Novo presidente, Augusto Mello, tem uma oportunidade. Passa um pente fino no clube, apresenta para a torcida”, finaliza.
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