E na batucada de bamba, na cadência harmoniosa, fala de tudo, canta o amor e ode ao Flamengo. Assim era e assim é Moraes Moreira
E agora como a gente fica sem ter sua presença neste mundo? Eu não sei vocês, mas a gente tem uns grandes amores na vida, dentre os quais: futebol e música. Juntos ou separados, no silêncio ou na explosão. Ambos palpitam corações, nos prendem por horas a fio, provocam misturas de sensações, que beiram gargalhadas retumbantes à lágrimas de causar dó.
Essa junção faz faísca, lume, atiça íris, toma nossa atenção. É força pura de paixão. Assim podia ser, na verdade assim é, o mix do flamenguista amante da música. Do musicista ao boêmio que improvisa um salseiro na caixinha de fósforo. E na batucada de bamba, na cadência harmoniosa, fala de tudo, canta o amor e ode ao Flamengo. Assim era e assim é Moraes Moreira.
Boleiro, cantor, apaixonadamente Flamengo, como eu e vocês. Mestre de musicalidade, fanático da genialidade do futebol arte, da fé do torcedor, do grito de campeão. Genial e vibrante, gente como a gente, nos perrengues e fanfarras, a cada marra e cada vitória. Como a gente, especial, único, rubro-negro.
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Ele que compartilhou tanta riqueza sonora numa miríade de possibilidades característica de sua produção musical. A guitarra em peso, no over driver agressivo; junto à sutileza e arranjos brincando com samba e bossa nova; a irreverência e o batuque do genuíno som brasileiro. Musicalidade que mesclava diversos elementos que até contrastavam, mas que o produto final era pleno, completo e coeso.
Uma seleção, feito o Flamengo da década de 80, tão diverso de qualidades e que com afinamento e ensaios, soube levar a alegria para tantos Moraes na imensa multidão de nossa Nação. Agressivo, mas com leveza. Música ecoando das veias às arquibancadas, esquentando pandeiros, terreiros e comunidades. Moraes Moreira certamente foi feliz, fazendo felicidade.
Há quase dois meses nos deixou, mas permanece pra sempre no palavreado e nas cantigas. Aficionado pelo Flamengo, tal qual a gente. Dedilhou sobre o rubro negro, sobre Zico, sobre amar nossa flâmula altiva. Tocou cada flamenguista com a alma. Deve ter sofrido e sentido cada baque, cada derrota. Deve ter se deliciado com 2019, um ano mágico. Deixa saudade. Deixa legado. E acima de tudo, demonstrou como o Flamengo também é esse mix de amores. Do samba no pé ao frevo, a gente canta com você, Moraes, para todo sempre.
*Créditos da imagem destacada no post e nas redes sociais: Divulgação
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