Em comunicado, Alexandre Póvoa, vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, pede licença do cargo.
Póvoa já dava claros sinais de desgaste com a gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Com a inauguração do “Cuidar”, centro de performance dedicado aos esportes olímpicos, no último dia 22 de outubro, o dirigente amador acredita que fechou um ciclo, iniciado em janeiro de 2013.
No período em que esteve à frente do esporte olímpico rubro-negro, realizou 10 inaugurações. Além do citado Cuidar, destaques para a academia na Gávea, o novo Dojo, as reformas de todos os ginásios e a construção da Piscina Olímpica Daltely Guimarães.
Junto ao diretor-executivo Marcelo Vido, Póvoa montou grande equipe de profissionais como Edson Terra, gerente de esportes aquáticos, Luisa Parente, gerente de esportes terrestres, Leonardo Castro, gerente de projetos incentivados, entre outros. Talvez o maior legado de Póvoa seja esse: a criação de uma estrutura profissional muito definida na Gávea.
Póvoa se afasta em meio à quarta campanha de transferência de imposto de renda via Anjo da Guarda Rubro-Negro. O projeto arrecadou cerca de 2,5 milhões de reais desde 2013, dinheiro usado exclusivamente para projetos de melhora esportiva fiscalizados pelo governo.
Grande sonho da torcida, a aprovação de construção da Arena McFla parece estagnada à espera de uma licença ambiental. Mesmo com o clube tendo cumprido todos os requisitos impostos. Na sua sua última entrevista no cargo, neste mesmo Mundorubronegro.com, Póvoa se mostrou muito descontente com a “ala moderada” — como definiu alguns colegas de Conselho Diretor — que acredita ser natural a burocracia imposta pela prefeitura do Rio. Para o agora VP licenciado, o clube deveria usar a pressão midiática contra Eduardo Paes, que nesse meio tempo conseguiu construir até campo de golfe em área de preservação ambiental.
Outro problema na relação com o CoDe foi a falta de apoio interno para que o uniforme do clube ostentasse outra estrela no uniforme oficial de todos os atletas do clube, em alusão ao título mundial FIBA, ganho pelo FlaBasquete em 2014.
O esporte olímpico do Flamengo perde muito sem a presença política e a luta constante por melhorias de Póvoa. Vamos torcer para que ele realmente volte em dezembro.
Leia a carta de licença de Alexandre Póvoa:
Caros amigos, gostaria de informar que, a partir dessa sexta, dia 04/11, estarei me licenciando do cargo de VP de Esportes Olímpicos do C.R. Do Flamengo, por razões pessoais e profissionais.
A princípio, a licença se estenderá até dezembro. Porém, independente de futuro (que a Deus e São Judas Tadeu pertencem), estarei sempre disponível a ajudar o Flamengo, minha raiz desde a minha criação dentro da Gávea.
A única política que me interessa é a visão maior, acima de qualquer interesse pessoal, de um clube único e indivisível – futebol como nosso carro-chefe e os esportes olímpicos e clube social sempre muito fortes.
Abraços, saudações rubro – negras
Alexandre Póvoa
Imagem destacada: Diogo Almeida / MRN
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