O Flamengo apresentou oficialmente o volante Gerson na tarde desta quinta-feira (5), no Ninho do Urubu. O Coringa retorna ao clube após uma temporada e meia no Olympique de Marseille, em uma transação que custarão 16 milhões de euros aos cofres rubro-negros. Em coletiva de imprensa, o volante falou sobre as críticas que recebeu nos últimos dias.
Gerson se referiu aos comentaristas que trataram a passagem pela França como um fracasso. Nos últimos dias, a comentarista Ana Thaís Mattos, por exemplo, disse que Gerson não deu certo no Olympique e que após se frustrar, voltou ao Brasil ao invés de ficar na Europa. Nesta quinta, Gerson rebateu.
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“Na verdade falaram em frustração, né? Eu acho que não tive frustração, até porque fizemos grandes coisas lá em Marseille. Em números de gols e participações foi o melhor momento da minha carreira, onde eu tive oportunidade de fazer 13 gols e dar 10 assistências. Acabando a temporada, classificamos o time pra Champions League, podendo contribuir bastante e acabando a temporada como um dos principais jogadores do elenco”.
“Então não vejo frustração nenhuma, eu vejo que eu fui bem, mas infelizmente acabou por não ter um bom convívio com o treinador que chegou e eu optei por seguir minha vida de uma outra forma. Então quando fala de frustração é até uma coisa que eu acho que as pessoas que estão falando isso não acompanharam direito. Mas até entendo, porque o campeonato francês começou a passar aqui agora né, então de repente não viram direito. Mas não fico chateado não, porque sei o que eu fiz lá e os números estão aí, os números não mentem”, disparou Gerson, em seu retorno ao Flamengo.
De volta ao Flamengo, Gerson falou sobre o futebol brasileiro
Ainda na coletiva, Gerson apontou que os brasileiros não valorizam o próprio produto, o futebol nacional. Para o volante, o futebol brasileiro é mais competitivo do que o europeu:
“Os brasileiros erram muito nesse sentido. Temos os melhores jogadores e ajudamos os europeus. Deveríamos fazer do nosso futebol uma elite. Falamos mal do nosso país e do nosso futebol. Deveríamos ser uma elite. pelos jogadores. Olha o nosso campeonato. Na Europa, tem muito jogo fácil. Aqui é muito mais difícil
Acho que, falando por mim, temos que parar para pensar nisso. Nós, brasileiros, acabamos batendo no nosso esporte, nos nossos jogadores, no nosso campeonato. A gente tinha que dar mais moral no nosso país. Pensar mais no nosso país e parar de pensar nos outros”, finalizou.