Estruturalmente, o Flamengo vive uma de suas maiores crises recentes em seus departamentos. Desta vez, foi o momento do preparador físico Felippe Capella trocar o Mais Querido pelo Avaí, adversário do Fla na Série A do Campeonato Brasileiro. Internamente, é comentado que o maior motivo para a saída de profissionais de diversas áreas do clube é o baixo salário.
Em entrevista ao MRN no fim de maio, Rafael Winicki, que trabalhou na preparação física do clube na época de Renato Gaúcho e Rogério Ceni relatou que consegue faturar valores mensais maiores por conta própria do que na Gávea.
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”Não sei dizer se o clube tinha algum interesse em permanecer comigo. Essa decisão partiu de mim. Antes da temporada acabar eu já tinha isso comigo mesmo, que eu não iria continuar na temporada seguinte. Independente do que fosse acontecer, a decisão era minha. Não fazia sentido continuar em um lugar onde não conseguia implementar minha linha de trabalho. O lugar onde é uma exigência de tempo, de energia e mental muito alta para pouco retorno que eu vinha tendo. Tanto em termos de poder participar dos processos que eu gostaria, tanto de retorno financeiro. Eu consigo ter um retorno maior trabalhando fora, do que tinha lá dentro. E não só isso, como acredito que consigo ajudar muito mais estando fora e trabalhando de forma individual com vários atletas, do que estando lá dentro e não poder fazer nada do meu trabalho”.
Para trabalhar diretamente com ele, Paulo Sousa trouxe para o Flamengo os seguintes profissionais: auxiliares Victor Sanchez e Manuel Cordeiro, preparadores físicos António Gomez e Lluis Sala, preparador de goleiros Paulo Grilo e o analista de desempenho Cosimo Cappagli. O último a se integrar foi Miguel Cabezas, que é espanhol e bioquímico. Atráves da urina, saliva e sangue, Cabezas avalia o metabolismo dos atletas.