Blog Unapitanga | Por Arthur Muhlenberg — O que se destaca na contusão do Arão é a sua domesticidade, a absoluta ausência de drama das pequenas tragédias da vida privada. A miudeza da contusão não aporta nada à crônica de uma partida que já se enxerga imensa.
Falta ao dedo quebrado no banheiro a inconsequência do Adriano se queimando num rolé de moto no Complexo ou pisando numa lâmpada durante uma orgia com funkeiras, anões e jumentos no Vip’s. É um evento infinitamente menor que o jogo, é só um azar do caralho típico do Flamengo.
Do mesmo autor: Pedagogia do opressor (resenha do livro Outro Patamar – Téo Benjamin)
Um azar que obriga Rogério a mexer na única coisa certa que ele fez até agora no Flamengo, arrecuar o harfe e meter Arão na zaga. É como se os deuses do futebol decidissem que a parada tem que ser resolvida só pelos jogadores.
É aí que os deuses dão aulas de justiça, dirigentes e jogadores que estavam em 19 são os portadores originais da obrigação do Brasileiro. É sobre eles que recairão as loas ou as cobranças. É um chamado divino à xinxa. Enfim, o dedo quebrado do Arão é um bom sinal do caralho. SRN
Pra fechar a mandala do Mengão Cósmico rumo à Marte a bofetada irônica. Lembrar que há dois anos geral criticava o Arão por ser peixe do Abel. Penitenziagite!