Há exatos sete anos, o Clube de Regatas do Flamengo fazia valer o lema vencer, vencer, vencer. Há exatos sete anos, Marquinhos, Olivinha e Marcelinho levavam a Nação Rubro-Negra ao ápice da catarse dentro das quadras. Há exatos sete anos, o Flamengo se tornava campeão mundial de basquete e ficava marcado na história.
Na manhã de um domingo nublado no Rio de Janeiro, a torcida do Flamengo lotou a Arena da Barra para empurrar o time rumo à vitória por pelo menos quatro pontos de diferença sobre o Maccabi Tel Aviv, visto que havia perdido o primeiro jogo da decisão.
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Mas, com uma grande atuação do Orgulho da Nação, o Mengão venceu por 90 a 77 e, pelas mãos de Marcelinho, ergueu o título mais importante de sua história no esporte.
O time de Israel era, na época, o campeão da Euroleague de basquete, derrotando o Real Madrid por 98 a 86. Com um investimento pesado e grandes jogadores como Jeremy Pargo, o Maccabi era tido como favorito por especialistas no esporte. Entretanto, a Nação colocava o Flamengo, como diz Bruno Henrique, em outro patamar.
A decisão do mundial de basquete
O Flamengo entrou em quadra com Laprovittola, Marcelinho, Marquinhos, Hermann e Meyinsse. Dois dias antes, o Flamengo havia sido derrotado pelo Maccabi por 69 a 66, precisando vencer a partida por um somatório de pontos maior que o rival.
A missão não era fácil. No início de jogo, os adversários não sentiram a pressão vinda das arquibancadas e abriram 7 a 0. Com toda a sua categoria, José Neto confiou nos seus jogadores e não parou a partida, sendo recompensado com uma bola de três do Marquinhos.
A partir desse momento, a Nação entrou na mente do adversário e eles passaram a errar. Muito dependentes do camisa 4 Pargo, o Flamengo soube neutralizar o estilo de jogo do Maccabi e logo abriu uma vantagem de 16 a 9.
Depois de diversas substituições feitas pelo treinador Guy Goodes, o rival se aproximou do Mais Querido e o primeiro quarto terminou com vantagem do Flamengo, mas título indo para as mãos do Maccabi – o 27 a 25 para o Flamengo ainda não servia para reverter a desvantagem sofrida no primeiro jogo.
O segundo quarto foi de alternância na liderança do placar até os três minutos finais. O Flamengo apresentou bom repertório ofensivo e, por conta das mãos de fogo de Marcelinho, a vantagem passou a ser grande.
Título mundial nas mãos do Flamengo
O terceiro quarto assustou o torcedor. Jeremy Pargo, mais uma vez inspirado, anotou 16 pontos sozinho, e diminuiu a vantagem do Flamengo em três pontos. Ou seja: as equipes estavam empatadas em busca do título.
Na hora que o time mais precisava, a Nação Rubro-Negra foi o jogador número seis em busca de mais um título e a consolidação da hegemonia no esporte.
Quem também era tido como sexto homem do elenco era Benite, que entrou e jogou demais o último quarto. Com menos de três minutos de último quarto, a vantagem já era de onze pontos.
A Nação, que contava os segundos para festejar oficialmente o título, não se segurou e abraçou o time quando o cronômetro zerou. Os heróis rubro-negros sentiram, mais do que nunca, a vibração de seu povo.
Pede o mundo de novo
Depois de sete anos, o Flamengo voltará a disputar a Copa Intercontinental em busca do bicampeonato mundial. O adversário será o San Pablo Burgos, campeão da Champions League da Europa.
O Flamengo se sagrou bicampeão da Champions League das Américas após derrotar o Real Estelí, na Nicarágua, em abril deste ano. O grande duelo contra o San Pablo Burgos deve ocorrer no início de 2022.
Os comandados por Gustavinho buscam manter a hegemonia. Depois de uma temporada perfeita – conquista do Super 8, do NBB e da Champions League -, o Flamengo quer o mundo de novo.
Nesta matéria, ficam os agradecimentos à cada um dos heróis do título de 2014. O time de Marquinhos, Olivinha e Marcelinho ficou e ficará, para sempre, marcado na história.
“E diante do furor impotente do adversário, a camisa rubro-negra será uma bastilha inexpugnável.” – Nelson Rodrigues