Erros defensivos do Flamengo se repetem sob comando de Ceni na eliminação do time da Libertadores nas oitavas de final
O Flamengo precisava de um empate por 0-0 para eliminar o Racing nas oitavas de final da Copa Libertadores da América e seguir o caminho rumo ao tricampeonato da competição.
A vantagem do Flamengo permaneceria caso não tomasse gols em casa, e o temor da torcida saía exatamente de uma defesa que viu a sua rede balançar em todos os jogos de Rogério Ceni. A média de 1,6 gols sofridos por partida (oito em cinco jogos) sob comando do novo treinador não era favorável, e os erros cruciais dos defensores eram motivo de preocupação.
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Com as expulsões de Thuler e Natan no empate por 1-1 no jogo de ida, o Flamengo tinha Gustavo Henrique, Léo Pereira e Gabriel Noga como opções com bom ritmo de jogo, enquanto Rodrigo Caio estava disponível mesmo sem jogar pelo rubro-negro desde o dia 22 de setembro, tendo apenas uma partida pela Seleção Brasileira no dia 13 de outubro, somando quase dois meses sem entrar em campo.
Naturalmente, manter a dupla Gustavo Henrique-Léo Pereira não era a melhor das opções. Tendo em vista que os dois zagueiros foram responsáveis por somar diversos erros que causaram derrotas importantes para o Flamengo, escalar os dois juntos era um risco. Rogério Ceni, então, optou por colocar um Rodrigo Caio sem ritmo para jogo.
A dupla GH-Léo não foi para jogo, mas um deles foi. Gustavo Henrique, que foi o responsável por erros capitais contra Internacional e São Paulo, entrou em campo para compor a zaga com Rodrigo Caio.
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Ainda que a escolha de Ceni fosse confusa (um zagueiro em má fase junto de outro sem ritmo), o Racing não gerou perigo na primeira etapa, chegando apenas duas vezes para chutar, acertando apenas uma na zona do gol. Curiosamente, mesmo tendo a bola e criando mais, o Flamengo finalizou mais, porém também com apenas uma certa no gol.
Pressionando o Racing durante todo o início de segundo tempo, parecia que o gol sairia a qualquer momento a favor do Flamengo, mas a defesa tratou de complicar a situação mais uma vez. Aos 62 minutos de partida, Rodrigo Caio, que já havia recebido um cartão amarelo no primeiro tempo, chegou em Lisandro López com força, atingindo apenas o seu tornozelo. O melhor zagueiro do Brasil em 2019 foi expulso, e Ceni colocou Willian Arão para fechar a zaga.
Em seguida, o que Téo José classificou como “apagão” continuou e piorou. Em apenas dois minutos, o Flamengo ficou sem o seu melhor zagueiro e levou um gol após um erro crasso de Gustavo Henrique, que perdeu o controle logo após a saída de Rodrigo Caio.
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O erro no posicionamento de Gustavo Henrique é claro. Quando a bola ainda está no alto, o zagueiro dá as costas para ela, e mesmo sem ser puxado por Lisandro López, perde totalmente o controle do espaço. O camisa 2 passa a avançar na busca de frear o atacante do Racing, mas esquece que a bola está chegando em sua direção, e seus companheiros não partiram em sua direção para não atrapalhar a defesa do zagueiro.
Quando a bola chega ao chão, Gustavo Henrique não consegue enxergá-la, e perde a oportunidade de afastá-la. Com isso, Leonardo Sigali aparece sozinho para marcar após o posicionamento errado do zagueiro rubro-negro.
Gustavo Henrique tem 1.95 metros de altura, enquanto Lisandro López tem apenas 1.74 metros, ou seja, a vantagem pelo alto era claramente do zagueiro. Com isso, o corte poderia ser feito de forma tranquila se o camisa 2 não tivesse corrido até o fim e de costas para a bola.
Após o erro de posicionamento no cruzamento, lembrei de mais uma bola fora de Gustavo Henrique. Na vitória do São Paulo por 4-1 no Maracanã, GH foi o responsável por errar um corte que gerou a virada do time paulista em uma partida crucial do Brasileirão.
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Em um cruzamento simples e sem desvio, Gustavo Henrique tinha espaço para cortar e afastar para o lado direito, mas isso se ele tivesse se posicionado de forma correta. Com o corpo virado para a esquerda da imagem, GH tinha a sua perna boa como a pior opção para o momento. Destro, o zagueiro deveria estar de frente para Reinaldo, que cruza para a área.
O que acontece é surreal. Gustavo Henrique perde o equilíbrio, tenta o domínio com a esquerda, a sua perna ruim, e a bola passa para Brenner, que vira o placar para o São Paulo.
Contra o Racing, um lance bastou para o adversário marcar. O Flamengo continuou a pressionar, empatou a partida com um gol de Willian Arão nos acréscimos, mas o mesmo perdeu nos pênaltis. A classificação argentina causa a eliminação do atual campeão da Libertadores nas oitavas de final.
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