Há exatos quatro anos, Bruno Henrique proferiu uma das frases mais icônicas da nova geração do Flamengo. Após um empate contra o Vasco, o Camisa 27 conversou com o Premiere ainda na beira do gramado. Cutucando o rival, BH disse que o Flamengo estava em “ôto patamar”.
Bruno Henrique é uma figura caricata quando o assunto é entrevista. O ídolo ativa o modo “sincerão” e sem papas na língua para conversar com a imprensa. E em 2019, BH viralizou com a frase que embalou o time mágico daquele ano.
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Ainda de cabeça quente pelo 4 a 4 contra o Vasco, em 13 de novembro daquele ano, Bruno Henrique desabafou. O Rei dos Clássicos, que marcou dois gols no jogo, ficou inconformado com a tática suja do time cruzmaltino. A fim de evitar uma derrota, o Vasco fez de tudo para tumultuar o clássico e parar o ataque mortal do Flamengo.
“Só deixar um recadinho: estamos brigando por título, eles eu não sei pelo que estão brigando. Então a gente tem que ter a cabeça no lugar, porque isso aqui é o que eles queriam: tumultuar o jogo, ficar fazendo gracinha. O Henríquez ali o tempo todo falando… Temos que ter cabeça no lugar porque estamos em outro patamar”, disse Bruno Henrique na época.
Influência do Ôto Patamar: tatuagem de Gabigol, música e livro
A frase não foi apenas eternizada por Bruno Henrique em campo, como também na pele de Gabigol. Após a temporada insuperável pelo Flamengo em 2019, o atacante fez uma tatuagem com a expressão “ôto patamar”. Naquela ocasião, o Rubro-Negro ainda estava negociando a compra definitiva do atacante com a Inter de Milão. Ao revelar a tatuagem na perna, Gabigol levou a Nação a loucura.
Bruno Henrique também inspirou o rapper Djonga, em 2020. O disco “Histórias da Minha Área” foi lançada pelo cantor, e uma das faixas do álbum levava o nome “Oto Patamá”. Durante a música, Djonga cita o ídolo do Flamengo. “Minha gente cruzou o mar a força com mão branca, cruzei voando com a força da minha palavra, ‘nós só é bom’ no campo igual Bruno Henrique porque lembra dos tempos na várzea”.
O craque também foi inspiração para o escritor Téo Benjamin. O analista tático lançou o livro “Outro Patamar – Análises sobre o Flamengo de 2019 e as lições para o futebol brasileiro” também em 2020.
Bruno Henrique entrou em briga judicial com torcedora por conta da frase
A expressão “ôto patamar” virou até motivo de briga judicial, envolvendo o atacante e uma torcedora do Flamengo, em 2021.
A empresária Josineide Constantino Dantas criou a marca “Oto Patamar Sports”, e entrou na Justiça para pedir uma indenização de Bruno Henrique. Isso porque, o craque utilizou a frase de sua autoria para confeccionar alguns produtos da sua loja, a “BH27”. Josineide exigia cerca de R$ 16 milhões na ação.
No entanto, o jogador quem saiu vitorioso na briga. O Tribunal de Justiça de São Paulo entendeu que as finalidades de Josineide e de Bruno Henrique eram diferentes quanto a expressão. O craque segue utilizando a frase “ôto patamar” e suas derivações em estampas da sua loja.
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