Pressionado por um conselheiro ao fim da sessão desta segunda-feira do Conselho Deliberativo do Flamengo, o presidente Rodolfo Landim deu sua palavra que não irá encaminhar proposta de criação de SAF no Flamengo até o fim do seu mandato. Ele afirmou, porém, que não pode garantir que outro sócio não apresentará a proposta ao Conselho Deliberativo, a quem caberia a decisão.
O MRN obteve um áudio da conversa, ocorrida nos minutos finais da sessão na qual o Conselho aprovou três contratos de parceria e patrocínio com o BRB.
Questionado pelo conselheiro se encaminharia uma proposta de criação de SAF até o fim do seu mandato, em dezembro, Landim garantiu que não o faria, mas disse que a decisão não cabia a ele, e sim ao Conselho Deliberativo, que poderia agir sob provocação de algum outro sócio. O conselheiro então insistiu:
“Se um conselheiro quiser tomar uma decisão de que o Flamengo deve mudar sua governança, ele é soberano para fazer isso. Isso não cabe ao presidente não. Cabe ao presidente tocar o clube de acordo com o estatuto do clube”.
O conselheiro insistiu em ouvir de Landim se ele pessoalmente iria apresentar a proposta de criação da SAF:
“O senhor está fugindo da resposta então?”
Irritado, Landim respondeu:
“Eu não tô fugindo de resposta nenhuma, estou dizendo que eu não encaminharei. Mas não cabe a mim encaminhar,. Entenda isso, entenda um pouco como funciona o clube. O clube não funciona desta forma que o senhor está achando. Este aqui é o plenário que decide”.
Landim recuou no discurso sobre SAF neste ano
Conforme o MRN publicou na manhã desta segunda-feira, o contrato de patrocínio com o BRB aprovado na sessão permite ao banco romper o acordo caso o Flamengo se transforme em SAF.
Landim defende publicamente a transformação do Flamengo em SAF como forma de financiamento da construção de um estádio próprio. No domingo, porém, ele afirmou que essa é uma discussão para ser feita no futuro, depois que o Flamengo adquirir o terreno.
Na semana passada, conforme revelou o MRN, Landim havia prometido a seu primo e vice de Patrimônio, Arthur Rocha, que não ia propor a criação de uma SAF até o fim do seu mandato. Como contrapartida, Rocha desistiu de protocolar uma emenda que retirava do Conselho Deliberativo e delegava à Assembleia Geral, com quórum mínimo de 30% e aprovação mínima de 20% dos sócios, a decisão sobre a criação de uma possível SAF.
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