O português Vitor Pereira assume o Flamengo em dois de janeiro. O treinador deixou o Corinthians após perder a final da Copa do Brasil para o próprio Flamengo e terminar o Campeonato Brasileiro em quarto lugar. Na saída, Vitor Pereira afirmou que precisava voltar para Portugal para tratar da sogra doente.
No programa Seleção Sportv desta sexta-feira (23), o comentarista Pedrinho abordou as motivações da diretoria do Flamengo para contratar Vitor Pereira. Para o analista tático e ex-jogador, a principal razão não tem a ver com o campo.
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Pedrinho disse: “Quero saber o que levou o Flamengo a contratar o Vitor PereiraE? spero que não tenha sido o jogo Corinthians x Flamengo. Porque com o Paulo Sousa, para mim ficou claro que houve um desconhecimento do que era o jogo dele.”
O comentarista deu a opinião dele sobre o que o Flamengo deveria ter se perguntado antes de buscar Vitor Pereira: “O Flamengo tem que perguntar o que ele quer com o jogo. Aparentemente não era o que o Dorival estava entregando, pois não renovaram com ele.”
Elenco do Flamengo e Vitor Pereira podem não combinar, diz Pedrinho
Continuando, Pedrinho disse que vê problemas no estilo de jogo que Vitor pereira gosta e o elenco do Flamengo: “A característica do elenco do Flamengo não ajuda que o Vitor coloque quatro na frente e abra dois nas pontas. Vai abrir Gabi de um lado e Everton do outro, com Arrasca e Pedro no meio. Acho que a resposta não vai ser positiva. O melhor é esses caras jogando pelo meio. “
Por fim, o comentarista da Globo deu a opinião dele sobre o real motivo da contratação: “O Flamengo pode dizer que analisou o perfil de jogo do Vitor e viu que vai encaixar perfeitamente com o elenco que o clube tem. Mas sinceramente, eu acho que o discurso é do quero ganhar e é uma auto-proteção.”
Nesse momento, André Rizek interrompeu para dar a sua perspectiva: “Eu acho que o Flamengo viu a final da Copa do Brasil e pensou que se o Vitor Pereira fez tanto com o elenco do Corinthians contra o Flamengo, ele pode fazer o mesmo com o Flamengo contra o Real Madrid, no Mundial.”
Pedrinho concluiu, mas voltou ao assunto da auto-proteção: “Isso acontece por todas as pressões. Então todo mundo se protege. O cara de nome é um escudo para mim. Agora, a gente não sabe o que vai entregar como jogo.”