O Flamengo fazia linda festa no Centro do Rio, mas infelizmente acabou em confusão. Após o fim do percurso na Av. Antônio Carlos, houve pancadaria generalizada provocada por um pequeno grupo de torcedores, que se alastrou e se transformou em um caos, segundo o torcedor Pedro Norato, que estava no local. O flamenguista conta com exclusividade ao MRN que Gabigol, que estava com o microfone em mãos, pedia calma aos torcedores do Mengo e dizia que era um dia festivo. No entanto, os brigões pouco ouviram o que o artilheiro tinha a dizer.
A polícia entrou em ação e logo começou a utilizar gás de pimenta e bombas de efeito moral para dispersar o público e evitar que a confusão tomasse proporções ainda maiores, mas acabou afetando quem não fazia parte da briga. O torcedor relata a presença de crianças com seus pais, além de pessoas tropeçando na correria.
“Eu achei que fosse morrer. Começou a ter briga generalizada. O Gabigol começou a falar muito, dizendo que era curtição e pedindo para parar. A polícia começou a jogar gás de pimenta como se não houvesse amanhã. Eu estava embaixo do David Luiz, jogaram muita coisa. As pessoas começaram a correr. Eu vi gente ser derrubada. Não sobrou nada da barraca de cerveja. Gente caindo, crianças. Nunca vi nada parecido. A festa estava bonita demais, estragou, acabou tudo”, conta Pedro Norato.
Torcedor conta que foi atingido pelo gás de pimenta
Pedro ainda fala sobre sua experiência pessoal na confusão na festa do Flamengo e contou que tentou ajudar um torcedor rubro-negro, mas não aguentou os efeitos dos artifícios utilizados pelos policiais.
“Veio tudo na minha cara, bomba misturado com gás de pimenta. As pessoas ao meu lado desmaiando. Eu parei para ajudar um cara que caiu, ele não tinha forças, começou a tossir. Ele estava virando o olho para trás. Levantei ele e me ajudaram jogando água na nuca dele. Estouraram bombas na nossa frente, foi o tempo de o levantar e voltar a correr. Fui para esse lugar que gravei esse vídeo, do nada começou a correr muita gente. Estava tentando ir para as barcas desesperadamente” explica o torcedor, que tentava voltar para Niterói.
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Torcedor do Flamengo conta que o andamento do trio contou com confusões no trajeto
Pedro explica ainda que durante o trajeto do trio elétrico, outras pequenas confusões aconteceram por conta do empurra-empurra das pessoas que queriam acompanhar o time de perto no decorrer do desfile.
“Começava muito empurra-empurra quando o trio ia andar. Aí aquelas pessoas mais esquentadas, porque tem gente que é estressada, começavam a querer bater nos outros, fazer ameaças. As brigas começavam do nada, não tinha motivo específico”, conta.
Crianças preocuparam Pedro durante confusão
O rubro-negro explica que tentou acalmar os torcedores na correria por conta da presença de algumas crianças, mas que no fim, teve que correr com desespero para sair do tumulto por conta da ação dos policiais, que não afinavam em momento algum.
“Eu fiquei falando para as pessoas terem calma, alertando que havia crianças. Alguns compraram a briga e pediram calma junto comigo. Mas com as bombas, virou terra de ninguém. Tive que empurrar todo mundo e atravessar a rua. Não tinha saída na rua que eu estava. Tive que correr muito para o outro lado da rua. Eu não sabia para onde ir”, conforme contou, ainda nervoso com o ocorrido.
Veja vídeo do torcedor, mostrando como estava uma das ruas do Centro do Rio nos arredores da confusão generalizada: