A prefeitura do Rio de Janeiro liberou 10% do público para a partida entre Flamengo e Olímpia, dia 11 de agosto, no Maracanã. A decisão foi confirmada pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, nesta sexta-feira (30). Entretanto, através das redes sociais, Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente Geral e Jurídico do Rubro-Negro, criticou a a liberação. De acordo com ele, a quantidade seria financeiramente inviável para o clube.
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A liberação da torcida no estádio será com um percentual menor que o pedido pela diretoria flamenguista. O Flamengo pediu a abertura para 30% da capacidade. Para Soranz, o protocolo aceito foi o mais adequado para o momento. Atualmente, o Rio de Janeiro vê a taxa de transmissão pela Covid aumentar por causa da variante Delta, mais transmissível:
“A solicitação do Flamengo era 30% de público e teste de antígeno com 72 horas. A gente não considera isso adequado nesse momento. Estamos mantendo as mesmas regras que foram feitas para a Libertadores, mas ressaltando que é importante que os erros cometidos na Libertadores não se repitam”, disse o secretário de Saúde.
Contudo, Daniel ressaltou que a quantidade de torcedor no Maracanã será exatamente igual ao da final da Copa América. E destacou a necessidade de monitoramento:
“E também é importante que a empresa que realiza os testes seja credenciada e que possa garantir que os testes são verdadeiros. Tem que ter um responsável médico que garanta que os testes são verdadeiros. A cópia dos testes e do protocolo de vacinação são recolhidos por amostragem. Nós encontramos uma série de testes falsos e adulterados na Copa América. Encaminharemos os dados ao Ministério Público”, afirmou Soranz.
Dirigente do Flamengo critica liberação abaixo do solicitado
Apesar do apelo atendido, Rodrigo Dunshee de Abranches, vice-presidente Geral e Jurídico do Flamengo, criticou a decisão. Segundo Rodrigo, a quantidade de torcedor seria economicamente prejudicial ao clube. Assim, a tendência é que o Rubro-Negro leve a partida para outro estádio:
“Perde o Rio de Janeiro, perde o turismo, perde a fazenda pública e perde, principalmente, o carioca. Temos para onde levar nossos jogos. Vida que segue. 10 por cento não é economicamente sustentável. 10 por cento foi o que deram em janeiro para a (final da) Libertadores. Com testagem era seguro 30%, Como BH, Cuiabá, Brasília etc.. Abrir o Maracanã para público custa caro. Tem uma logística grande”, reclamou Abranches.
VEJA AS REGRAS PARA TORCIDA NO MARACANÃ
Quem pode ir ao estádio:
- Torcedor vacinado com duas doses da vacina (ou dose única) há pelo menos 15 dias antes da data do jogo (comprovação via aplicativo ConecteSUS) e
- com resultado negativo de teste de antígeno para Covid-19, realizada em até 48 horas antes da partida (teste terá que ser feito em laboratório autorizado pelo clube).
Regras no estádio:
- uso de máscara e higienização das mãos;
- 10% da capacidade do estádio;
- espaço mínimo de 2 metros entre cada indivíduo ou família;
- controle de acesso de público.