O Flamengo está negociando com a Caixa Econômica Federal para comprar o terreno do antigo Gasômetro, na zona portuária do Rio de Janeiro, e construir um estádio. As conversas entre os presidentes Rodolfo Landim e Carlos Vieira (mandatário do banco) ainda estão em estágio inicial, mas já há prazo para definição do negócio.
Em entrevista ao Poder 360, o presidente da Caixa detalhou as primeiras conversas e deu a entender que há diferença entre o valor que o Flamengo pretende pagar e o que o banco deseja receber pelo terreno. O economista classificou as tratativas pela área “muito bem localizada” como “preliminares”, mas sua avaliação é que chegará em uma resolução com o clube até o fim de 2024.
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“(…)Estamos em fase preliminar para encontrar os termos de interesse comum. A área desejada, do Gasômetro, no centro urbano do Rio de Janeiro, é muito bem localizada. Nós temos alguns parâmetros porque a Caixa administra um fundo de investimento, onde há o chamado Cepac (Certificado de Potencial Adicional de Construção), e há uma relação direta entre o valor do Cepac e o metro quadrado. É uma conta aritmética…. Eu acredito que sim (definição até o final do ano)”, disse Carlos Vieira
A negociação longa já era esperada no Flamengo, e o prazo bate com os interesses do clube revelados recentemente. O Rubro-Negro tem o desejo de concluir a compra do terreno ainda neste ano, quando se encerra o último mandato de Landim na presidência. Portanto, vai manter as conversas pelo terreno do Gasômetro, que é a primeira opção da diretoria, mas também pode iniciar negócios por outros locais.
De acordo com cálculo feito pelo MRN, baseado em números divulgados pelo jornalista Rodrigo Mattos, há diferença considerável entre Flamengo e Caixa Econômica por valores. Isso porque o clube deseja pagar o mesmo de metro quadrado que a Prefeitura do Rio gastou pelo local do Terminal Gentileza, que fica ao lado do terreno. A área de 77 mil m² custou R$ 40 milhões, ou seja, R$ 520 por metro quadrado.
Sendo assim, o Fla entende que o terreno do Gasômetro custa em torno de R$ 60 milhões. Montante muito inferior comparado com avaliação do fundo da Caixa que controla o local, que colocou valor de R$ 189 milhões no ano passado. Contudo, com o novo Terminal Gentileza e novos investimentos na região, o valor poderia subir para R$ 400 milhões.
Flamengo projeta estádio para 75 mil pessoas
O sonho inicial da diretoria do Flamengo, mas principalmente da torcida, era um estádio para 100 mil ou mais pessoas. As primeiras falas sobre o projeto, aliás, tratavam de capacidade nesse patamar. Entretanto, o clube elaborou projeto para estádio de 75 mil lugares após avaliações internas.
A mudança aconteceu por diversos fatores, mas a área disponível para uma obra de tal magnitude e o custo da operação no Gasômetro foram os principais. Isso porque construir um estádio para 100 mil pessoas geralmente requer uma área muito maior, pois as arquibancadas não podem ser muito verticais e os estádio costumam ser redondos ou ovais. Isso aumentaria o preço do terreno consideravelmente.
A negociação segue e há novas reuniões pré-agendadas para os próximos meses entre Flamengo e Caixa Econômica. Enquanto isso, o presidente Rodolfo Landim também revelou que o Rubro-Negro avalia outros dois terrenos.
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