Após período de oscilação, Pulgar parece estar retomando seu melhor nível com a camisa do Flamengo. Nesta quarta-feira (31), o chileno deu passe fundamental para Gerson na jogada do gol que abriu o placar contra o Palmeiras nas oitavas da Copa do Brasil. Sua segunda participação seguida em gol rubro-negro, após linda jogada contra o Atlético-GO.
Aos 12 minutos do segundo tempo, Pulgar recebeu passe de cabeça de Léo Pereira e já acionou Gerson com passe de primeira. O chileno tocou a bola por elevação entre as linhas defensivas adversárias, na medida para o capitão dominar, encontrar Luiz Araújo na esquerda e o atacante cruzar para Pedro.
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Jogada que mostra justamente uma das características que fez Pulgar se destacar no Flamengo no último ano: a qualidade no passe. O volante enxerga muito bem o jogo vindo de trás e tem facilidade para fazer passes que furam as linhas de defesa do adversário, algo que ajuda a equipe principalmente contra fortes retrancas.
Já na vitória sobre o Atlético-GO, Pulgar fez ótima jogada para dar “pré-assistência” para o segundo gol. Ele dominou bola no meio campo e decidiu progredir com ela dominada, superando já dois marcadores rivais. Ao tentar cobrir o erro de marcação e impedir que chileno entrasse na área, a defesa do Atlético abiu espaço para passe visando ultrapassagem de Ayrton Lucas.
O lateral-esquerdo recebeu e cruzou para Arrascaeta garantir a vitória que recolocou o Flamengo na liderança do Campeonato Brasileiro.
Um bom momento para o chileno, que foi um dos melhores do time na última temporada e não estava apresentando o mesmo nível este ano, com torcedores inclusive pedindo a saída do time titular. O atleta revelou que passou por período familiar complicado ao comunicar que sua irmã está se recuperando bem de depressão, e boa notícia na vida particular coincide com o crescimento no campo.
Pulgar em Flamengo x Palmeiras
Não só a participação na jogada do gol que faz a atuação de Pulgar merecer destaque. Ele ficou em campo por 83 minutos e errou somente um passe dos 53 que tentou, foram 52 passes completos e um aproveitamento de 98%. Sendo que, além do passe para Gerson, outros dois terminaram com finalização de companheiro.
Ele também disputou seis duelos defensivos e fez uma rebatida, além de ter sofrido uma falta que deveria causar a expulsão de Raphael Veiga. O volante rubro-negro chegou primeiro em disputa pela bola e foi atingido por solada do adversário no tornozelo, mas o árbitro Bráulio da Silva Machado deu somente amarelo, e o VAR Igor Benevenuto não recomendou a revisão.
O lance, aliás, foi motivo de forte reclamação do diretor executivo Bruno Spindel após o apito final:
“A gente está muito decepcionado com a atuação do VAR nessa noite, até queria saber a opinião de vocês, se tem algum de vocês que acha que a entrada do Veiga no Erick, acima do tornozelo, não era para expulsão. Não sei se as câmeras do VAR são suficientes para enxergar ou não. Queria entender o que se passa na cabeça do Igor Benevenuto para não chamar para expulsão num lance clássico desses.”
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